América Latina Está Exposta Ao Tarifaço, Mas Empresas Não Devem Ter Tanta Dor de Cabeça com Dívidas
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Uma pesquisa feita pela Moody’s com 3,5 mil empresas não financeiras, com rating no mundo todo – sendo 140 da América Latina –, avaliou o quanto elas estão expostas à política tarifária do presidente americano, Donald Trump. O levantamento apontou que as companhias da região latina estão mais vulneráveis a riscos diante das taxas, perdendo apenas para as empresas dos Estados Unidos.
A análise aconteceu antes do anúncio das tarifas de 50% sobre a Índia, estabelecidas pelos EUA nesta quarta-feira (6). Para o levantamento, a Moody’s considerou um cenário em que todos os países são tarifados e aplicam tarifas recíprocas, sem acordos ou prorrogações para negociações. Além disso, as taxas do estudo foram altas o suficiente para interromper de forma considerável o fluxo comercial das empresas.
Para avaliar o grau de risco, a agência considerou números do comércio, condições macroeconômicas e mercados financeiros de cada país, levando em conta atenuantes, como o repasse de custos.
Afeta, mas não compromete
Em termos macroeconômicos, a tendência é que a confiança no mercado latino-americano seja impactada. O cenário que se forma tende a recuar o Produto Interno Bruto (PIB) dos países, além de influenciar decisões de investimento e reduzir os gastos do consumidor.
Em linhas gerais, o estudo da Moody ‘s aponta que a qualidade de crédito não deve ficar tão comprometida para as companhias latino americanas, independentemente da nota de risco. Ou seja, os balanços corporativos devem seguir apresentando tendências saudáveis. Dentro do esperado, a situação afeta especialmente setores com laços comerciais mais estreitos com os Estados Unidos, caso das fabricantes de automóveis e das aeronaves.
Desde abril deste ano, o mundo vem lidando com as novas tarifas estabelecidas pelos Estados Unidos às importações de diversos países. Na América Latina, Brasil e México são os que mais têm sofrido com as taxas elevadas.
No caso do mercado brasileiro, nesta quarta, os produtos importados aos EUA começaram a ser taxados em 50%, embora uma ampla lista de exceções tenha sido anunciada pela Casa Branca, com importantes itens da pauta de comércio entre os países, como petróleo, aeronaves e suco de laranja. O país, inclusive, tem o maior número de empresas vulneráveis da América Latina. Já a economia mexicana fica mais vulnerável por ter os EUA como principal parceiro comercial.
Países vizinhos, como Chile e Peru, ficam expostos no âmbito macroeconômico. Em relação ao primeiro, isso acontece sobretudo nos setores de metais, químicos e produtos florestais. Já no segundo país, afeta especialmente o segmento de metais e mineração.
As mais vulneráveis
Mesmo com o cenário desafiador, em que 21% das companhias latinas estão mais expostas aos choques macroeconômicos, 10% à volatilidade financeira e 9% ao comércio, a receita da maioria delas (cerca de 70%) depende 10% ou menos do mercado americano.
Entre as mais suscetíveis à política tarifária, a pesquisa cita a fabricante de aviões Embraer, o grupo mexicano de mineração Fresnillo e a produtora agrícola Camposol. A empresa brasileira, por exemplo, tem mais da metade de sua receita proveniente dos EUA, embora a Moody’s ressalte que as exceções da Casa Branca beneficiem-na. Cenário bem próximo aos da Fresnillo e da Camposol, que têm o mercado americano como fundamental para suas vendas, correspondendo a 50% do que é arrecadado.
O setor de commodities também é afetado, mas o levantamento destaca que as empresas desse setor estão melhor preparadas em relação às demais regiões, já que possuem vantagens competitivas, a exemplo de grandes reservas minerais e a energia renovável.
Em meio a isso, pode-se até presumir que companhias com foco no mercado doméstico estejam a salvo, como as de telecomunicação ou voltadas ao setor imobiliário. No entanto, a agência de risco destaca que não é bem assim. Além das questões já apontadas em relação ao crescimento econômico, as taxas devem pressionar o mercado de trabalho e o poder de compra das famílias.
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