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Apesar dos Juros Altos, Venture Capital Volta a Crescer no Brasil

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Após dois anos de retração, o mercado de venture capital (VC) no Brasil volta a dar sinais de recuperação em 2025. Embora o retorno dos investimentos seja gradual, há indícios de uma atividade mais robusta e do aumento dos valores investidos.

Segundo estudo feito pela consultoria financeira e tributária KPMG, o país registrou um aumento no financiamento de venture capital de US$ 464 milhões (R$ 2,54 bilhões) no quarto trimestre de 2024 para US$ 562 milhões (R$ 3,08 bilhões) no primeiro trimestre de 2025.

Diferentemente do private equity, que investe em empresas mais maduras que possuem fluxos de caixa estáveis, o VC é voltado para startups e empresas em estágio inicial com potencial de crescimento e com alto risco — com aportes menores e compra de posições minoritárias.

Embora o valor ainda não tenha alcançado o pico de US$ 855 milhões (R$ 4,69 bilhões) observado no segundo trimestre de 2024, o resultado dos primeiros três meses deste ano reforça a tendência de uma atividade resiliente no cenário de capital de risco brasileiro, mesmo diante de um contexto global de incertezas geopolíticas e tensões comerciais. “Isso deixa o mercado mais otimista”, afirma Carolina de Oliveira, sócia da KPMG e líder de Private Enterprise no Brasil e na América do Sul.

Entendendo o movimento

Entre 2023 e 2024, o mercado de startups enfrentou uma série de desafios, incluindo a escassez de capital. Segundo a plataforma de inovação Distrito, as startups brasileiras captaram US$ 1,46 bilhão (R$ 8,02 bilhões) entre janeiro e setembro do ano passado. Ao todo, 313 negócios foram fechados.

O valor representa um crescimento de 9,5% com relação ao mesmo período de 2023, mas ainda é cinco vezes menor do que o registrado em 2021, quando os juros mais baixos deixaram o acesso a crédito e capital mais barato para os investidores.

Agora, o clima é outro: mesmo com juros altos há um movimento de retomada, mas com outros critérios de investimentos. Os aportadores estão priorizando qualidade — não quantidade — e fazendo apostas concentradas em setores estratégicos, aponta a KPMG.

Ou seja, o mercado está mais seletivo, priorizando startups com modelos de negócios bem estruturados, crescimento sustentável e com maior foco na viabilidade operacional. Há também a consolidação de uma nova matriz tecnológica, com aportes que integram chips, robótica, realidade aumentada (AR) e plataformas com capacidade de tomada de decisão autônoma.

Os negócios com base em tecnologias de aplicação tangível — como energia limpa, defesa e saúde preventiva baseada em inteligência artificial (IA) — estão no centro das decisões de portfólio dos investidores. A IA será um divisor de águas entre as startups, já que essa tecnologia abre portas para as novas empresas, enquanto auxilia as já existentes, proporcionando infraestrutura.

A Kaszek, o maior fundo de VC da América Latina, destaca que entre os negócios abraçados pela empresa, ao menos metade são brasileiros, enquanto outros 25% estão no México e os demais 25% são divididos entre Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai.

O Brasil também é responsável por quase metade da receita da companhia. Não por acaso, para o cofundador da Kaszek, Nicolas Szekasy, os maiores investimentos são todos do país: Nubank, Wellhub, Creditas e Quinto Andar. “O Brasil se tornou o ecossistema mais robusto e desenvolvido em tecnologia e empreendedorismo da América Latina. São Paulo é a capital tecnológica da região”, afirma Szekasy.

Outras fronteiras

Já no âmbito global, o investimento de venture capital também aumentou de US$ 118 bilhões (R$ 648 bilhões) no quarto trimestre de 2024 para US$ 126 bilhões (R$ 692 bilhões) no primeiro trimestre deste ano.

De acordo com a KPMG, foram 8 transações de mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,49 bilhões) e uma arrecadação de destaque de US$ 40 bilhões (R$ 219 bilhões). Essa alta foi impulsionada pela IA, defesa tecnológica e energia alternativa.

Por região, as Américas atraíram a maior parcela do investimento de VC globalmente durante o trimestre. O relatório indica que empresas apoiadas por venture capital nas Américas levantaram US$ 94,5 bilhões (R$ 519,15 bilhões) em 3.331 negócios.

A Europa permaneceu estável com US$ 18 bilhões (R$ 98,89 bilhões) em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, a Ásia sofreu um decréscimo de US$ 18,9 bilhões (R$ 103,83 bilhões) no quarto trimestre de 2024 para um recorde de baixa de US$ 12,9 bilhões (R$ 70,87 bilhões) no primeiro trimestre deste ano.

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