As 20 Ações Que Mais Pagaram Dividendos em 2025
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2025 foi um ano excepcional para a bolsa de valores brasileira, que acumula valorização de mais de 30%. Em teoria, esse cenário deveria comprimir o retorno dos dividendos (chamado popularmente de dividend yield), mas não foi isso que aconteceu.
A corrida das empresas para anunciar dividendos antes que a tributação sobre os proventos entre em vigor no ano que vem foi um dos gatilhos para a mudança no jogo. O valor das ações aumentou, mas a distribuição de dividendos também. No fim, 2025 caminha para terminar como um ano de grandes retornos com proventos. Sorte daqueles que buscam uma estratégia de renda passiva.
No ranking das maiores pagadoras de dividendos de 2025, com fechamento no dia 15 de dezembro, o dividend yield chega a 54,87%. É o caso da Syn (SYNE3), empresa de exploração de imóveis e primeira colocada no ranking elaborado pela Elos Ayta a pedido da Forbes Brasil. Em segundo lugar temos a empresa de artigos e calçados esportivos Vulcabras (VULC3), com dividend yield de 30,94%. Na terceira colocação, está a subsidiária de imóveis de luxo da Cyrela, a Lavvi (LAVV3), com 27,57% no ano.
Todas as empresas do pódio são small caps, ou seja, têm menor valor de mercado, mas maior potencial de crescimento. Em tempos de juros altos, elas costumam ficar escanteadas nas carteiras dos investidores.
É o segundo ano consecutivo no qual a Syn está no ranking, mas por questões pontuais, que não devem continuar a acontecer no próximo ano, analisa Victor Bueno, sócio e analista de ações na casa de análises Nord. “Nos últimos dois anos, a empresa vendeu participações em imóveis de sua carteira, como shoppings, o que injetou um grande volume de recursos na empresa. Como seu foco não são novos investimentos, precisou dar vazão a esse volume na forma de dividendos. O caixa reduzido e vazão grande elevou o seu dividend yield”.
Em 2026, a tendência é que haja uma normalização do dividend yield da Syn, pois a empresa tem patrimônio limitado para novas vendas, conclui o analista. O dividend yield da Syn foi, em alguns anos 5%, 3% e até zero, já não houve pagamento nem em 2019 e nem em 2023.
O da Vulcabras e da Lavvi são diferentes. Ambas vêm se consolidando como boas pagadoras de dividendos nos últimos anos. Enquanto a Vulcabras tem um plano remuneração mensal, na Lavvi os proventos fazem parte da estrutura societária da empresa e remuneram seus diretores. “Além disso, a empresa passa por um bom momento. Atua em um segmento resiliente e tem bom retorno sobre o seu patrimônio”, aponta o analista. Enquanto a ação da Vulcabras sobe 37% no ano, o papel da Lavvi valorizou 110% em 2025.
Na nona posição, fica o Itaú (ITUB4), tradicionalmente um bom pagador de dividendos. Segundo Ruy Hungria, analista da Empiricus, a antecipação do dividendo extraordinário não significa que o dividend yield do banco irá cair no ano que vem. “A qualidade de gestão do Itaú é muito superior a de seus pares. Os analistas costumam indicar a ação em todas as estações. O banco atua com solidez e tem aumentado a distribuição de dividendos extraordinários nos últimos anos”.
Chama a atenção que, entre as 20 maiores pagadoras de dividendos, seis pertençam ao setor imobiliário. Hungria explica que muitas empresas tinham um grande volume de lucro retido e optaram por dar vazão ao valor na forma de dividendos ante a entrada em vigor da tributação no ano que vem. “Como muitas empresas são controladas por famílias, acabam tendo incentivo maior para fazer isso, pois boa parte da renda da família vem de dividendos da própria empresa. Faz sentido antecipar para pagar menos imposto”.
Corrida para driblar tributação
Praticamente todos os dividend yields do ranking estão inflados por dividendos extraordinários, que vêm sendo emitidos em meio a uma corrida para fugir da tributação sobre os proventos, que começa a vigorar no ano que vem, diz Bueno, da Nord. Ele estima que dos 17% de dividend yield da Marcopolo, 10 pontos percentuais correspondam a proventos extraordinários. No caso do Itaú, o dividend yield poderia cair para 9% sem o efeito da corrida de fim de ano.
O volume de anúncios de pagamento de proventos está alto e já chegaram a bater 20 em apenas um dia. O dinheiro, no entanto, ainda pode demorar para entrar no bolso dos investidores. Algumas empresas só desembolsarão os valores em 2027. O anúncio antecipado permite escapar da tributação.
Desde outubro, foram anunciados R$ 124,1 bilhões em dividendos, sendo R$ 52,9 bilhões a serem pagos até o fim de 2025 e R$ 57,8 bilhões em 2026, segundo analistas do Itaú BBA. É um valor muito maior do que o anunciado no terceiro trimestre do ano (R$ 55 bilhões) e no quarto trimestre de 2024 (R$ 92,2 bilhões).
Então, com a entrada em vigor da tributação, esse fluxo deve naturalmente reduzir? Para Hungria, da Empiricus, e Bueno, da Nord, sim. “As empresas que serão as maiores pagadoras de dividendos não devem mudar, mas o dividend yield deve reduzir. Isso não quer dizer que os retornos serão ruins. Se o Itaú pagar 9% de dividend yield, é um ótimo valor”, diz Bueno.
Já os analistas do Itaú BBA estão mais otimistas, e estimam um volume financeiro potencial de magnitude semelhante ao que já foi anunciado.
Dividend yield não conta toda a história
Os especialistas concordam que apenas o dividend yield não deve nortear a decisão de investir em uma empresa. Primeiro porque o dado é uma foto: diz o que aconteceu até agora, mas não significa que os retornos com dividendos continuarão no futuro.
Olhar a volatilidade da ação pode ajudar, pois quem tem uma estratégia de pagamento de dividendos geralmente não quer tomar “sustos”, já que o intuito é uma renda passiva.
Preferir empresas de alta capitalização a small caps reduz riscos, pois empresas de menor porte sofrem mais do que a média em crises. Setores mais previsíveis como o financeiro e o de energia, também ajudam a blindar o portfólio. Porém, o principal ponto é verificar a saúde financeira da empresa, que mostra se a política de distribuição de dividendos será sustentável no longo prazo.
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