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Bloqueio de Tarifas e IOF Definem Rumos do Ibovespa, Enquanto Dólar Cai

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O mercado repercutiu a decisão do Tribunal de Comércio dos EUA, que bloqueou a maior parte das tarifas de importação do presidente americano, Donald Trump, nesta quinta-feira (29). No entender da instituição, Trump excedeu sua autoridade, ao impor as cobranças. Algo que somente o Congresso tem autoridade para fazer. Os agentes também seguiram atentos aos desdobramentos do reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), embora nada tenha sido alterado por ora.

No final da sessão, o dólar recuou 0,51%, cotado a R$ 5,6663. O Ibovespa também teve ligeiro decréscimo, de 0,25%, acumulando 138.533,7 pontos. Em Nova York, o S&P 500, uma das referências do mercado acionário dos EUA, subiu 0,40%, com o receio sobre o desfecho envolvendo a questão tarifária encontrando um contrapeso expressivo no resultado trimestral da Nvidia, que mostrou crescimento de vendas acima do esperado.

Revés nos EUA

Perto do fechamento do mercado brasileiro, um tribunal federal de apelação dos EUA restabeleceu as tarifas mais abrangentes de Trump. A ordem não forneceu nenhuma opinião ou justificativa, mas instruiu os autores do caso a responderem até 5 de junho e o governo até 9 de junho.

Mais cedo, membros do governo Trump haviam minimizado o bloqueio, defendendo que ele não afetaria as negociações comerciais com outros países.

Neste cenário nebuloso, o dólar se firmou em queda ante divisas fortes como o iene, o euro e a libra, além de moedas de países emergentes como o real, o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano.

A novela do IOF

Durante o dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), alertou que o Congresso pode derrubar o decreto do governo que aumentou o IOF incidente sobre várias operações, acrescentando que os parlamentares estão dispostos a construir uma solução conjunta para a questão com o governo e defendendo medidas fiscais “mais estruturantes”.

Em coletiva de imprensa após reunião de líderes da Câmara, Motta disse que a vontade majoritária dos deputados, no momento, é derrubar o decreto do IOF, acrescentando que o “mais prudente” é fornecer ao governo tempo para apresentar alternativas.

Mais tarde, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o governo ainda não encontrou uma solução para os aumentos do IOF, que vêm sofrendo forte resistência no Congresso, mas que haverá construção ao redor do tema.

Vale lembrar que, na semana passada, o governo anunciou uma série de elevações nas alíquotas do IOF — inclusive em operações cambiais — para aumentar a arrecadação e, desta forma, cumprir a meta fiscal para o ano. Parte das medidas, no entanto, foi revogada logo depois, após repercussão negativa no mercado financeiro e entre economistas de fora do governo.

Destaques

– AZUL PN caiu 6,8% ainda sob efeito do anúncio da véspera de que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos. Analistas do JPMorgan cortaram a recomendação das ações da companhia aérea para underweight, enquanto as agências de classificação de risco S&P e Fitch reduziram a nota de crédito da companhia aérea para D. A partir de sexta-feira, as ações da Azul não farão mais parte do Ibovespa e de outros índices da B3.

– BANCO DO BRASIL ON caiu 1,58%, tendo no radar dados de crédito divulgados pelo Banco Central, mostrando uma aceleração marginal nas concessões, mas também alta na inadimplência e nos spreads. ITAÚ UNIBANCO PN fechou com decréscimo de 0,79%, BRADESCO PN recuou 0,43% e SANTANDER BRASIL UNIT cedeu 0,3%.

– PETROBRAS PN recuou 0,6%, enfraquecida pela queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou transacionado com baixa de 1,16%. A diretoria executiva da estatal aprovou a emissão de R$ 3 bilhões em debêntures simples em até três séries. Os recursos vão custear gastos, despesas ou dívidas relacionadas a investimentos em projetos prioritários da companhia.

– VALE ON fechou com variação positiva de apenas 0,07%, mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China após quatro dias de perdas. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações diurnas com alta de 1,29%, a 707 iuanes (R$ 556,42) a tonelada.

– B3 ON recuou 1,4%, também entre os maiores pesos negativos do Ibovespa. Analistas do UBS BB cortaram a recomendação das ações para neutra, citando upside potencial limitado à frente, dada a valorização acumulada pelas ações de cerca de 40% neste ano. Eles, contudo, elevaram o preço-alvo dos papéis de R$ 13,50 para R$ 16,00, na esteira da revisão para cima da estimativa do lucro para o período de 2025 a 2029.

– COSAN ON subiu 2,07%, com analistas do Bank of America reiterando compra. “Apesar dos desafios, acreditamos que seja uma sólida posição de longo prazo com ativos únicos no Brasil.” O BofA também manteve compra para Raízen, mas cortou o preço-alvo de R$ 3,00 para R$2,7. RAÍZEN PN ganhou 1,02%. Ainda, a Unica disse que a produção de açúcar do centro-sul caiu menos que o previsto na primeira quinzena de maio.

– SABESP ON valorizou-se 1,48%, após acertar a aquisição das participações restantes nas sociedades Andradina e Castilho detidas pela Iguá Saneamento, exercendo seu direito de preferência na compra das concessionárias.

– COPEL PNB valorizou-se 1,51%, renovando máximas históricas, endossada por relatórios positivos de analistas do Itaú BBA e do UBS BB, que também elevaram o preço-alvo do papel. “Apesar do recente desempenho mais forte da ação, ainda vemos um perfil de risco/retorno atrativo para a Copel”, afirmaram Filipe Andrade e time do Itaú em relatório.

– JBS ON avançou 0,69%, endossada por notícia de o Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como livre de febre aftosa sem vacinação pela primeira vez, o que pode abrir novos mercados internacionais para a carne brasileira. MARFRIG ON subiu 2,13%, mas MINERVA ON caiu 3,83%. Na véspera, as ações tinham fechado em altas de 2,62%, 2,51% e 3,37%, respectivamente.

– AMBIPAR ON, que não faz parte do Ibovespa, disparou 18,5% após divulgar que seu conselho de administração aprovou uma proposta de reorganização societária envolvendo a Ambipar Participações, a ESG, a Ambipar Response e outras sociedades integrantes do Grupo Ambipar.

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