Brasil Sobe no Ranking de Competitividade Digital, Mas Permanece no Fim da Fila
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A Fundação Dom Cabral (FDC) divulgou nesta segunda-feira (16) o Ranking Mundial de Competitividade Digital. O Brasil subiu quatro posições em relação ao último ano e ocupa a 58ª colocação da lista, feita anualmente pelo International Institute for Management Development (IMD) com 69 países.
Os primeiros lugares foram ocupados por Suíça (1º), Singapura (2º), Hong Kong (3º), Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º). Os institutos de pesquisa avaliam o desempenho de um país a partir de quatro pilares: performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura.
Apesar do crescimento do Brasil, baseado principalmente no fluxo de investimento direto estrangeiro, bons indicadores do mercado de trabalho e subsídios governamentais, o país se mantém no fim da lista nos últimos dez anos.
“Em números absolutos, o país continua no mesmo patamar de 10 anos atrás. Ou seja, no bloco final do relatório, porque a gente insiste numa agenda que não é de reforma, de abertura comercial, de investimento direto estrangeiro, de simplificação tributária, de livre comércio, de inovação e tecnologia, consequentemente, que não é uma agenda de formação de mão de obra qualificada”, afirma Hugo Tadeu, professor e diretor do núcleo de inovação, inteligência artificial e tecnologias digitais da FDC.
À frente de Botswana (59º), Peru (60º), Gana (61º), Argentina (62º), Eslováquia (63º), África do Sul (64º), Mongólia (65º), Turquia (66º), Nigéria (67º), Namíbia (68°) e Venezuela (69°), Hugo destaca cinco pontos de atenção para o Brasil:
1. Custo de capital e dívida corporativa
O Brasil ocupa a 68ª posição em indicadores de dívida corporativa e crédito. Para melhorar, seria preciso reduzir juros, desburocratizar o crédito, fortalecer o mercado de capitais e buscar estabilidade macroeconômica.
2. Educação e habilidades linguísticas
O país tem deficiências em educação e proficiência em línguas estrangeiras, ocupando a 68ª posição em ambos os indicadores. Isso compromete a formação de uma força de trabalho qualificada. Para uma mudança de cenário, necessita-se de investimento na educação básica, reformulação de currículos e a capacitação contínua para adultos.
3. Mão de obra qualificada e produtividade da força de trabalho
A escassez de mão de obra qualificada (68ª posição) e a baixa produtividade (67ª posição) são problemas nacionais, que limitam o crescimento e a inovação. Como solução, é preciso investir em educação profissional, programas de requalificação e aprendizado contínuo, além de fortalecer parcerias entre o setor público e privado.
4. Abertura econômica e inserção internacional
Apesar de avanços econômicos, o Brasil ainda é pouco integrado ao comércio internacional, com baixas posições em exportações de serviços, receitas de turismo e comércio-PIB. O país precisa reduzir barreiras tarifárias, diversificar a pauta exportadora, ampliar acordos comerciais e modernizar sua infraestrutura de comércio exterior.
5. Ambiente regulatório
O ambiente regulatório brasileiro é complexo, com alta carga tributária, barreiras comerciais, burocracia e incerteza fiscal. O país ocupa a 68ª posição em protecionismo e a 67ª em finanças públicas. Simplificar e digitalizar processos, adotar responsabilidade fiscal e melhorar a transparência são fatores essenciais para atrair investimentos e aumentar a competitividade.
Ciência e tecnologia no centro do debate
O diretor também pontua a relevância do setor acadêmico para a competitividade global. “Os países que têm crescido muito, além da adoção da IA, que é o tema do momento, trabalham a partir de uma belíssima agenda de transferência de conhecimento, ou seja, de publicações científicas e universidades fortes.”
Entre os exemplos mencionados estão as pesquisas tecnológicas na Suíça, onde estão “os melhores centros de pesquisa e desenvolvimento para a área de saúde e alimentação”, Singapura e Hong Kong, que “são significativamente abertos para transações tecnológicas”.
De acordo com Hugo Tadeu, a economia brasileira precisa se qualificar, migrar para um ambiente independente de commodities e alicerçado na exportação de tecnologia e conhecimento.
“Já passou do tempo de termos um sonho grande para o país. Se a gente quisesse sair da posição 58 para surfar ali entre as 10 primeiras, deveríamos contar com políticas públicas para melhorar a qualidade da educação, fundamentalmente para melhorar a transferência de conhecimento, com foco nas universidades”, complementa.
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