Com Linha Esportiva Infantil, Estrela da NFL e Popstar Já Faturaram US$ 100 Milhões
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Russell Wilson construiu a carreira contrariando expectativas. Depois de cair para a terceira rodada do draft da NFL de 2012, por conta de preocupações com sua altura, o quarterback de 1,80 metro levou o Seattle Seahawks a oito aparições nos playoffs em nove temporadas e à única conquista do Super Bowl da franquia. Mesmo agora, em sua 14ª temporada como profissional, o dez vezes selecionado para o Pro Bowl — jogo das principais estrelas da liga — ainda luta para se provar, jogando com um contrato de um ano com o New York Giants e ouvindo parte da torcida pedir que ceda o posto de titular ao novato Jaxson Dart — apesar de liderar a liga em jardas aéreas nos dois primeiros jogos, com 618.
Nada disso para Wilson, que vem se aventurando no ramo da moda, mais precisamente no de roupas esportivas para crianças. O segmento é intimidante, com gigantes globais faturando bilhões e tendo décadas de vantagem. Para o atleta da NFL, ser o azarão no setor seria quase natural. Só que não é bem assim.
Cofundador da 3BRAND, Wilson construiu uma empresa que ultrapassou US$ 100 milhões (R$ 532 milhões) em vendas em 2024 e já somou mais de US$ 70 milhões (R$ 372,4 milhões) apenas no primeiro semestre de 2025, vendendo roupas de treino em tamanho infantil.
O negócio é apenas um dos vários do jogador, que aparece empatado na 49ª posição da lista Forbes de atletas mais bem pagos do mundo em 2025, com US$ 53,6 milhões (R$ 285,2 milhões) em ganhos brutos nos 12 meses até maio. Esse valor inclui cerca de US$ 6 milhões (R$ 31,9 milhões) fora dos campos, vindos de licenciamento, memorabilia e mais de uma dezena de contratos de patrocínio, além dos retornos de um vasto portfólio de empresas que ele fundou ou investiu.
Wilson também é o nome por trás da West2East Empire, que oferece serviços de produção para comerciais de TV e outros conteúdos de mídia, e da Why Not You Productions, dedicada a desenvolver séries roteirizadas e filmes. Em 2018, ele e o irmão mais velho, Harry, fundaram a Limitless Minds, um aplicativo que promete melhorar o “condicionamento mental” dos usuários por meio de sessões de coaching e exercícios de aprendizado. Além disso, ele vende calçados e roupas pela Good Man Brand e fragrâncias pela R&C — sigla de Russell e Ciara, sua esposa e cantora, que já faturou o Grammy.
Inspiração na família
“Sempre gostei de moda, mas cresci usando roupas esportivas, indo à escola de polo e calça cáqui”, contou Wilson à Forbes. “Quando entrei na NFL, estava solteiro e tentando conquistar a Ciara, que estava muito além do meu alcance. Percebi que precisava melhorar meu estilo.”
Ciara também é cofundadora da 3BRAND e estava ao lado de Wilson em sua casa em Los Angeles, cinco anos atrás, quando ele teve a ideia. Ao ver o filho Future correndo com uma bola de futebol americano debaixo do braço — na véspera do nascimento do caçula, Win — Wilson se lembrou da própria infância e decidiu criar algo para crianças. Ele mesmo desenhou o logotipo da marca, transformando suas iniciais em um raio, símbolo de movimento, e escolheram o nome 3BRAND para representar como esporte, música e moda podem inspirar mente, corpo e espírito.
“Muita coisa que Ciara e eu conquistamos veio de sonhos que escrevemos ainda crianças, apoiados por pessoas que acreditaram em nós”, disse Wilson. “Mas, no fim, é o jovem que precisa acreditar em si mesmo. É sobre motivar a próxima geração.”A coleção estreou em junho de 2021 com 40 peças e se expandiu dois meses depois.
Hoje, a 3BRAND tem mais de cem itens disponíveis no site, incluindo camisetas que absorvem suor e shorts esportivos em tamanhos que vão de infantil até extra large juvenil. Os preços variam de US$ 20,00 (R$ 106,40) por camisetas a US$ 65,00 (R$ 345,80) por moletons — todos fabricados em parceria com a Haddad Brands. Já uma colaboração com a Nike, patrocinadora de longa data de Wilson, levou a marca além do vestuário esportivo, incluindo mochilas, bolsas e bonés. Ainda assim, as roupas respondem por 75% da linha de produtos.
Com foco em acessibilidade, a 3BRAND aposta pesado na distribuição online, vendendo não só pelo próprio site, mas também pelas plataformas digitais da Macy’s, JCPenney e de redes de desconto como a Nordstrom Rack. A marca também está presente em 150 lojas da Dick’s Sporting Goods. Dave McTague, ex-executivo de empresas como Cole Haan, Liz Claiborne, Converse e Tommy Hilfiger e hoje conselheiro da 3BRAND, afirma que o varejo físico é uma nova iniciativa importante.
“Existe uma metodologia e uma estratégia claras por trás do efeito acumulado do marketing e da distribuição de produtos”, disse McTague. “E quando você tem alguém como Russell Wilson, que acorda às 4 da manhã para treinar e ainda leva os filhos à escola, é difícil não se contagiar com essa energia.”
Wilson credita parte de sua formação em moda a Christine Day — que foi CEO da Lululemon por seis anos e cofundou a House of LR&C, empresa responsável pela Good Man Brand. Agora, ele aplica esse conhecimento com um toque de criatividade própria. Por exemplo, a 3BRAND quer se posicionar para os pais como uma marca de qualidade, cujas peças possam ser passadas de irmão para irmão.
“Por que uma criança não pode ter uma camiseta legal que não custe US$ 80,00 (R$ 425,60)?”, questiona McTague. “O DNA por trás do design e da distribuição é acessibilidade. Nós temos um espaço único por conta da forma como estamos abordando o mercado, do produto que entregamos e dos parceiros que temos.”
Desafio entre gigantes
Mas apenas ter propósito não garante sobrevivência no competitivo setor esportivo. As vendas de artigos esportivos caíram 0,4% no último ano, e a previsão de crescimento de 2,1% para 2025 mal supera a inflação, segundo Zak Stambor, analista sênior de varejo e e-commerce da Emarketer. A escalada das guerras tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump, com um aumento de impostos de US$ 1,9 bilhão (R$ 10,1 bilhões) sobre roupas e calçados, está comprimindo margens. Além disso, a desaceleração do mercado de trabalho e a queda na confiança do consumidor agravam o cenário.
Os desafios são ainda maiores para novos concorrentes, que precisam enfrentar a Nike, com faturamento de US$ 46,3 bilhões (R$ 246,6 bilhões) em receita no ano fiscal de 2025, e a Adidas, com mais de US$ 25 bilhões (R$ 133 bilhões) só em 2024. Até marcas como Lululemon e Under Armour — que estão bem atrás das líderes, com receitas de US$ 10,6 bilhões (R$ 56,3 bilhões) e US$ 5,2 bilhões (R$ 27,6 bilhões), respectivamente — têm enorme vantagem sobre a 3BRAND.
“O setor de artigos esportivos é um lugar difícil para competir”, disse Stambor. “Os vencedores serão aqueles que tiverem bons relacionamentos e uma marca sólida. Isso pode vir do legado da empresa ou da personalidade envolvida.”
De peito aberto
Wilson e a 3BRAND apostam nos dois pontos, usando a fama do jogador e a parceria com a Nike como credenciais. Mas a empresa também destaca a importância da inovação para sobreviver em um mercado difícil — como criar roupas infantis adequadas até para um campo de golfe, um nicho ainda pouco explorado, mesmo com o aumento da prática do esporte.
“É preciso olhar para a realidade, entender o que é e se adaptar”, disse Charly Martin, amigo de longa data e parceiro de negócios de Wilson, que hoje preside a West2East Empire. “Quando você constrói um negócio, não vai acertar um home run [conquista excepcional] logo no segundo mês ou no segundo ano. É um plano pensado para o longo prazo.”
De olho no futuro, a 3BRAND vê oportunidades nos mercados internacionais, mirando agora Europa e América Latina depois de um início promissor no Japão e na Coreia do Sul. Wilson, que quer expandir a presença global da marca por meio de colaborações estratégicas, também considera levar a linha de produtos para adultos.
Isso pode ser um desafio para manter o foco no público infantil, mas sua filosofia sempre foi pensar além das regras estabelecidas. Assim como passou a carreira provando que um quarterback de 1,80 metro pode ter sucesso na NFL, ele quer lembrar às crianças que muitas limitações não passam de percepções, e que a criatividade é essencial para abrir o próprio caminho.
“Penso muito em como jogo — em parte é algo organizado, mas se o recebedor não está no lugar, você precisa criar o espaço”, disse Wilson. “Aprendi cedo que quando a vida fica difícil, é hora de criar.”
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