Com Prejuízo de US$ 694 Milhões, Ações da Vale Sobem 5%. Por Quê?
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Prejuízo é uma palavra que costuma gerar calafrios nos investidores — mas não nos da Vale (VALE3). A maior mineradora de minério de ferro do mundo divulgou o seu balanço do quarto trimestre na noite de ontem (20) com um prejuízo líquido de US$ 694 milhões, revertendo o lucro de US$ 2,4 bilhões do mesmo período do ano passado. Ainda assim, as ações da companhia chegaram a subir 5% no início desta tarde.
O número não foi uma surpresa para o mercado. Ruy Hungria, analista da Empiricus aponta que ele já havia sido sinalizado na prévia operacional. No acumulado do ano, o lucro líquido foi de US$ 6,2 bilhões, queda de 23% contra o número registrado em 2023.
A queda das vendas e nos preços praticados no mercado internacional levaram a mineradora a ver a sua receita recuando 22%, aos US$ 10,1 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) atingiu a marca de US$ 3,79 bilhões, uma queda de 41% na comparação anual.
A alta nas ações pode ser explicado por três fatores: o gordo volume de dividendos anunciados pela companhia (US$ 1,984 bilhão, que serão pagos em março de 2025 e levam o dividend yield do trimestre para 4,5%), a renovação do programa de recompra que pode adquirir até 120 milhões de ações e o forte foco na redução nos custos operacionais da companhia.
Refletindo a estratégia da companhia em focar na redução de custos, o custo caixa C1 caiu -9%, para US$ 18,8 por tonelada, e o custo all-in do minério entregue na China foi de US$ 49,5/t — os menores indíces desde 2022. Para 2025, a companhia reduziu a sua projeção de investimento em cerca de US$ 600 milhões. Na teleconferência de resultados, os executivos reforçaram que, no momento, o foco da economia é a geração de caixa, redução de custos e “flexibilidade”.
“Apesar da queda nas principais linhas (o que já era esperado), algumas surpresas envolvendo dividendos, custos e revisão de Capex deixaram um tom positivo para os resultados. Por apenas 3,4x Valor da Firma/Ebitda e cerca de 10% de dividend yield, entendemos que Vale faz sentido em uma carteira focada em dividendos”, aponta o analista da Empiricus.
Os recados para o futuro
Em linhas gerais, o compromisso da empresa em continuar o seu foco na geração de caixa — mesmo diante de reformas estruturais para o setor na China e a queda do preço do minério — significa também que a Vale não deve fazer mudanças em sua política de dividendos tão cedo.
No último trimestre, a companhia tomou a decisão de focar a sua estratégia de vendas em produtos capazes de gerar mais caixa — ou seja, proddutos de médio e alto valor agregado. Segundo os executivos, o objetivo é maximizar a geração de caixa, mas caso isso não ocorra, ela tem “flexibilidade” para fazer alterações de rota. “Vale destacar que a Vale prevê um aumento nos estoques no curto prazo, devido ao crescimento das atividades de concentração em regiões estrangeiras, o que resulta em um ciclo de produção mais longo”, aponta o Itaú BBA.
Não é só nas mudanças de estratégias de vendas e produção que a companhia vê como boas opções de geração de caixa. Desinvestimentos também estão no radar — como à operação de niquel de Thompson, que recentemente teve uma desvalorização de US$ 540 milhões em seus ativos.
“Eu disse que estou muito otimista com o futuro da companhia. Estamos focados em eliminar os principais entraves e conseguimos endereçá-los todos. Olhando para os principais indicadores, estamos no nosso melhor momento. Priorizamos custos e alocação de capital, e, junto com o forte momento operacional, isso deve gerar resultados operacionais e financeiros sólidos”, apontou o CEO Gustavo Pimenta.
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