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Como as Políticas de Trump Beneficiam as Empresas em Que Ele Tem Ações

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Donald Trump conseguiu, até agora, o investimento mais lucrativo de sua vida: concorrer a um segundo mandato. Desde a vitória na eleição de 2024, o patrimônio do presidente praticamente dobrou, impulsionado por sua carteira de criptomoedas, novos contratos de licenciamento imobiliário no exterior e seus clubes de golfe em expansão.

Outra mudança em relação ao mandato anterior está no tamanho e na composição de sua carteira de ações. Quando deixou a Casa Branca, em 2021, Trump possuía três fundos familiares, cada um com cerca de 30 ativos, em sua maioria fundos de índice e fundos mútuos, cestas diversificadas em vez de investimentos em empresas específicas.

Durante os anos fora do cargo, ele fechou uma série de negócios que encheram seus bolsos de dinheiro e, segundo sua última declaração financeira, divulgada em 14 de junho deste ano, destinou parte desse capital para quatro grandes contas de investimento, com participações em mais de 700 empresas diferentes. Só uma dessas contas tem investimentos em companhias que percorrem o alfabeto duas vezes – a única letra com um único investimento é o Y, representado pela Yum Brands. No total, Trump possui quase US$ 50 milhões (R$ 266 milhões) em ações, segundo estimativas da Forbes.

Apesar da antiga rivalidade com as gigantes da tecnologia, Trump colocou uma fatia considerável de dinheiro em empresas americanas do setor. Muitos de seus líderes se tornaram presença frequente ao lado do presidente, participando da festa de sua segunda posse em janeiro, em encontros privados em Washington e em visitas de Estado a outros países. Pelo menos cinco das dez maiores participações de Trump já foram beneficiadas por ordens executivas recentes ou receberam isenções especiais em meio às tarifas generalizadas aplicadas por sua administração.

Trump Media & Technology Group

Valor do investimento: cerca de US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões)

Não surpreende que o maior investimento do presidente seja em sua própria empresa, dona da Truth Social, criada em 2022, depois que o Twitter o baniu em razão da invasão do Capitólio, de 6 de janeiro. A companhia abriu capital em março de 2024, após fusão com a Digital World Acquisition, uma empresa de aquisição com propósito específico, e hoje é basicamente uma holding de bitcoin, depois de comprar US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões) da criptomoeda em julho. Trump detém cerca de 52% do negócio.

Blue Owl Capital

Valor do investimento: entre US$ 5 milhões e US$ 25 milhões (R$ 26,6 milhões e R$ 133 milhões)

Em agosto, o presidente americano assinou uma ordem executiva para remover barreiras regulatórias que dificultavam o investimento de aposentados em fundos de private equity via planos 401(k) — uma aposentadoria patrocinada por empresas a seus colaboradores, muito comum nos Estados Unidos. Pouco antes, a Blue Owl havia anunciado parceria com a Voya Financial para oferecer justamente opções desse tipo de investimento. Um dos diretores da empresa, Edward D’Alelio, integrou o conselho da Trump Entertainment Resorts, que faliu duas vezes antes de ser comprada pela Icahn Enterprises, em 2016.

Apple

Valor do investimento: entre US$ 650 mil e US$ 1,4 milhão (R$ 3,4 milhões a R$ 7,4 milhões)

Mesmo diante da ameaça do presidente de aplicar tarifa de 100% sobre chips produzidos no exterior, as ações da companhia continuam em alta. O CEO, Tim Cook, esteve na Casa Branca em agosto e anunciou um plano de US$ 600 bilhões (R$ 3,1 trilhões) em quatro anos para manter parte da fabricação de componentes do iPhone nos Estados Unidos, embora a montagem final ainda ocorra fora do país. O anúncio garantiu à Apple isenção da tarifa.

Cook, que teria frustrado Trump em maio ao recusar acompanhá-lo ao Oriente Médio, juntou-se a ele e ao rei Charles em um jantar de Estado no Reino Unido.

Microsoft

Valor do investimento: US$ 630 mil – US$ 1,4 milhão (R$ 3,3 milhões – R$ 7,4 milhões)

Bill Gates, cofundador da companhia, também tem estado próximo ao presidente, participando em setembro de um jantar na Casa Branca ao lado de Cook, Sergey Brin e Mark Zuckerberg. Gates, porém, não se limita aos interesses da Microsoft e defende programas de ajuda humanitária no exterior, financiados pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), que foi desmontada pelo governo Trump. Mesmo após Gates defender a agência em reunião com o presidente, Trump manteve os cortes de bilhões de dólares. O tema foi parar na Suprema Corte neste mês, que suspendeu a decisão de uma instância inferior que obrigava a administração a gastar US$ 4 bilhões (R$ 21,3 bilhões) em programas da USAID até o dia 30 de setembro.

Nvidia

Valor do investimento: entre US$ 615 mil e US$ 1,3 milhão (R$ 3,3 milhões a R$ 6,9 milhões)

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, teria convencido o presidente em julho a reverter a proibição de venda de chips de inteligência artificial (IA) para a China. Dias depois, a empresa fechou um acordo inédito com o governo: entregar 15% das vendas no mercado chinês em troca de licenças de exportação. Neste mês, a Nvidia anunciou um investimento de US$ 5 bilhões (R$ 26,6 bilhões) na Intel, que havia recebido 10% de aporte do governo semanas antes.

Broadcom

Valor do investimento: US$ 580 mil a US$ 1,2 milhão (R$ 3,1 milhões a R$ 6,4 milhões)

A fabricante americana de semicondutores já teve atritos com Trump, que em 2018 bloqueou a tentativa de compra da Qualcomm, alegando riscos à segurança nacional. Hoje, a empresa pode se beneficiar das isenções prometidas pelo presidente para companhias que investirem pesadamente em produção local, embora ainda não tenha apresentado planos próprios. A Apple, inclusive, já incluiu a Broadcom em sua estratégia de fabricação.

Blackstone

Valor do investimento: entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão (R$ 2,6 milhões a R$ 5,3 milhões)

O CEO da empresa, Stephen Schwarzman, aliado de longa data, foi conselheiro de Trump em 2016 e doou US$ 3 milhões (R$ 16 milhões) a um super PAC (nome dado para quando uma empresa ou um grupo investe mais de US$ 1 mil para apoiar determinado candidato) em sua primeira tentativa de reeleição. Embora tenha se afastado em 2022, Schwarzman voltou a apoiar Trump em 2024, inclusive comparecendo a um jantar de Estado no Reino Unido neste mês.

Meta

Valor do investimento: entre US$ 315 mil e US$ 650 mil (R$ 1,7 milhão a R$ 3,5 milhões)

A empresa havia suspendido o ex-presidente do Facebook e Instagram após o 6 de janeiro, mas em 2023 revogou a punição e, em janeiro, aceitou pagar US$ 25 milhões (R$ 133,0 milhões) para encerrar o processo aberto por Trump. Desde então, Mark Zuckerberg se reuniu várias vezes com o presidente e, em agosto, discutiu na Casa Branca as regulações europeias sobre Big Tech. Poucos dias depois, Trump ameaçou aplicar tarifas pesadas contra países que impuserem regras “discriminatórias” às empresas americanas.

Amazon

Valor do investimento: entre US$ 315 mil e US$ 650 mil (R$ 1,7 milhão a R$ 3,5 milhões)

Mesmo após a provocação de Jeff Bezos em 2016 – quando sugeriu que queria “mandar Trump para o espaço” – o fundador da empresa se aproximou dele em seu segundo mandato. Em maio, Bezos integrou a comitiva que acompanhou Trump à Arábia Saudita em busca de investimentos e novos negócios, aproveitando ainda para conversar sobre contratos governamentais diante do desgaste entre Trump e Elon Musk.

Alphabet

Valor do investimento: entre US$ 300 mil e US$ 615 mil (R$ 1,6 milhão a R$ 3,3 milhões)

No início de setembro, a controladora do Google ganhou US$ 230 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em valor de mercado após decisão favorável em um processo antitruste iniciado no primeiro mandato de Trump. O presidente parabenizou Sundar Pichai e Sergey Brin em um jantar na Casa Branca, no início de setembro. Ainda assim, a companhia segue enfrentando ações na Justiça sobre sua posição dominante no mercado de tecnologia de anúncios.

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