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Dana White Revela Como o UFC Conseguiu Fechar Acordo de US$ 7,7 Bilhões com a Paramount

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Quando David Ellison — CEO da Skydance Media e filho do segundo homem mais rico do mundo, Larry Ellison — estava sentado na primeira fila de dois eventos do UFC, em abril e junho, ele encontrava-se a poucos assentos de distância de Donald Trump. Naquele momento, analistas de mídia se perguntavam se David, de 42 anos, estaria aproveitando a oportunidade para amenizar possíveis questões políticas relacionadas à sua aquisição de US$ 8 bilhões (R$ 43,12 bilhões), da Paramount.

O negócio, que permaneceu por meses na Federal Communications Commission (FCC) sob o governo Trump, foi oficialmente concluído na semana passada. Na segunda-feira, o UFC, com sede em Las Vegas, anunciou um acordo de direitos de mídia, com duração de sete anos no valor de US$ 7,7 bilhões (R$ 41,50 bilhões) com a Paramount. O contrato prevê a transmissão de todas as lutas do UFC no Paramount+ nos Estados Unidos, com eventos selecionados sendo exibidos simultaneamente na CBS.

O presidente do UFC, Dana White, contou à Forbes que já tinha uma relação prévia com Larry Ellison e conversou com David — um dos vários executivos de redes interessados em atrair o gigante do MMA — em cada um desses eventos. Poucos dias após a aprovação da fusão entre a Skydance e a Paramount, Ellison entrou em cena e superou a concorrência. “Eles chegaram com uma postura agressiva, de tudo ou nada. Os Ellison são empresários brilhantes e têm um plano completo por trás disso. Mal posso esperar para fazer negócios com eles”, afirma White.

Com valor médio anual de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,93 bilhões), o UFC agora receberá quase tanto em taxas de direitos de mídia quanto MLB (US$ 1,8 bilhão), Olimpíadas (US$ 1,3 bilhão), March Madness (US$ 1,1 bilhão) e Nascar (US$ 1,1 bilhão), superando de longe a NHL (US$ 635 milhões) e a PGA Tour (US$ 700 milhões). E esse valor cobre apenas os Estados Unidos. O UFC seguirá vendendo seus direitos internacionais, por meio da IMG, categoria estimada em US$ 250 milhões (R$ 1,35 bilhão) anuais.

O negócio

Diferentemente de outras ligas esportivas, o UFC financia suas próprias produções para manter o controle sobre a aparência e o estilo dos seus eventos. Qualquer conversa sobre transferir esses custos para um parceiro — e, assim, perder essa chefia —  não foi sequer considerada. “Vai ser assim até eu sair”, afirma White, de 56 anos.

Os pagamentos anuais da Paramount quase dobraram a receita atual do UFC com direitos de mídia pela ESPN, parceira da promoção desde 2019. O acordo vigente segue até o final de 2025, pagando ao UFC US$ 350 milhões (R$ 1,89 bilhão) por ano para distribuir 30 UFC Fight Nights na ESPN+.

A ESPN paga US$ 250 milhões (R$ 1,35 bilhão) por ano adiantados pelos 13 eventos “numerados” do UFC, que a rede oferece aos assinantes do ESPN+ mediante taxa adicional de pay-per-view, ficando com toda a receita dessas vendas.

A principal mudança no novo acordo é a eliminação do modelo pay-per-view, que tem sido a base da programação do UFC desde sua criação, em 1993. Mark Shapiro, presidente e diretor operacional da TKO Holdings, empresa-mãe do UFC, diz que a organização queria abandonar o modelo PPV desde o início das negociações com parceiros potenciais, em fevereiro. A US$ 100 (R$ 538) por mês para os fãs terem acesso a ambos os níveis de eventos, o modelo estava caro demais para muitos, o que levou a um enorme aumento nas transmissões piratas durante os maiores eventos.

“Foi aí que percebemos que o preço ou a dupla cobrança tinha saído do controle. Estávamos vendo a pirataria crescer dez vezes, como ocorre em grandes pay-per-views de boxe”, explica Shapiro, que já foi chefe de programação e produção da ESPN.

À medida que as negociações avançaram, White e Shapiro imaginavam que o UFC teria que dividir seus direitos de mídia entre vários parceiros. Em certo momento, chegaram a considerar até cinco distribuidores diferentes, incluindo Netflix e Warner Bros. Discovery como interessados. Com o tempo, a Paramount se destacou como parceira para a competição.

As conversas com múltiplas redes e plataformas de streaming continuaram para os direitos dos eventos premium, até que a Skydance de David Ellison assumiu oficialmente a Paramount no dia 31 de julho, e fechou o acordo para todo o pacote em 48 horas. “Cada vez que fechamos um negócio de direitos de mídia, é monumental — primeiro, porque o valor sobe, e segundo, porque começamos a pensar em tudo o que podemos fazer aproveitando os ativos deles e qual é o plano para o negócio nos próximos cinco anos”, comenta White.

Expansão do UFC

Quatro dias após o anúncio do novo acordo de streaming, na segunda-feira, 4, as ações da Paramount caíram levemente, enquanto as ações da TKO subiram mais de 10%. White e Shapiro estão confiantes de que os fãs do UFC migrarão em massa para a plataforma Paramount+ no próximo ano, demonstrando a mesma fidelidade à marca que tiveram em 2012, quando o UFC saiu do Spike para a Fox, e novamente em 2019, com a mudança para a ESPN.

A nova liderança da Paramount aposta nesse crescimento. Em 31 de julho, a empresa reportou 77,7 milhões de assinantes do serviço Paramount+, atrás de concorrentes como Netflix (300 milhões), Amazon Prime Video (200 milhões), Disney+ (150 milhões) e HBO Max (125 milhões). Segundo a Nielsen, o Paramount+ representa apenas 2% de toda a audiência de TV mensal.

Para impulsionar esses números, Ellison já assinou um acordo de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,08 bilhões) para levar South Park ao Paramount+, negócio que tornou os criadores da série, Matt Parker e Trey Stone, bilionários. No entanto, o acordo com o UFC é uma aposta muito maior: a de que um esporte global durante o ano todo pode atrair novos assinantes e espectadores, reduzir a rotatividade e aumentar o engajamento.

Com o streaming tornando-se a casa exclusiva do UFC, David tornou a promoção de MMA um pilar da nova Paramount. As implicações políticas dessa associação — dada a afinidade de Trump pelos esportes de combate e sua amizade pessoal com White — não podem ser ignoradas.

White confirma planos para sediar um evento do UFC na Casa Branca por volta do dia 4 de julho de 2026, uma experiência “única”, semelhante ao evento do UFC na Sphere, em Las Vegas, no outono passado, que, segundo ele, tem grandes chandes de ser transmitido pela CBS. White, que mantém o presidente no discador rápido, afirma que ainda não ouviu nada de Trump sobre o novo acordo. “Ainda não,” responde White, rindo. “Mas tenho certeza de que ele vai ligar. Sempre liga.”

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