Daniel Castanho, Presidente do Conselho da Ânima Educação: “Empreender Não é sobre Ter, é sobre Fazer”
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Daniel Castanho costuma dizer que nasceu dentro de uma escola. Filho do diretor e dono do colégio onde estudava, até tentou seguir outros caminhos antes de dar início à construção do que se tornaria um dos maiores ecossistemas educacionais do país – com mais de 480 mil alunos, 16 mil funcionários e R$ 3,8 bilhões em receitas no acumulado de 2024. “Não sou movido pelo negócio”, diz o cofundador e presidente do conselho da Ânima Educação. “Empreender não é sobre ter, é sobre fazer.”
O grupo liderado por Castanho, que atuou como CEO por 15 anos, reúne 18 instituições de ensino superior – entre elas, Anhembi Morumbi e São Judas –, além de marcas como HSM, Le Cordon Bleu e SingularityU. “É difícil encontrar um brasileiro que não tenha passado ou sido influenciado pela Ânima.”
Currículo de duas linhas
Graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas e com extensão na Harvard Business School, Castanho trilhou uma jornada marcada por negativas e reveses. “Sempre tive esse espírito empreendedor”, diz o paulista de 50 anos, contando como foi influenciado pelo ambiente familiar. Aos 18 anos, ainda calouro da faculdade de administração, conheceu a rede Subway durante uma viagem ao México e decidiu trazer a marca para o Brasil. “Enviei o meu currículo de duas linhas junto com o do meu pai. Não pude abrir a franquia naquele momento, mas consegui um ano depois.” O negócio quebrou e, mais tarde, o empreendedor seguiu no segmento de restaurantes ao abrir o Varanda Grill, em São Paulo. “Depois, eu e meu sócio entramos no mercado de internet, e quebramos três empresas quando a bolha estourou.”
Mas ele não enxerga esses episódios como fracassos. “Simplesmente aconteceu algo diferente do que eu planejei”, afirma. Para Castanho, cada tropeço o aproximou do momento que vive hoje: “Toda dor que te faz crescer, evoluir e entender o porquê das coisas te transforma em uma pessoa melhor e mais forte.”
De volta à educação
Em 2003, depois de quebrar, voltou o olhar para o setor de educação. “Nos anos 2000, menos de 4% da população entre 18 e 24 anos estava na universidade, e esse mercado precisava mudar de maneira radical.”
Sem recursos para grandes investimentos naquele momento, ele e os sócios decidiram comprar uma escola endividada em Belo Horizonte. “A Una faturava R$ 30 milhões e devia R$ 35 milhões”, lembra. “O propósito era, primeiro, salvar a escola. Depois, criar um ambiente incrível para se trabalhar. E, depois, transformar o Brasil pela educação.”
De lá para cá, vieram novas aquisições – incluindo a compra da operação brasileira da americana Laureate por R$ 4,6 bilhões – e a abertura de capital em 2013. Em 2018, Castanho deixou o cargo de CEO para se dedicar apenas ao conselho. “O cargo não estava mais cabendo no que eu queria fazer e onde eu agrego mais valor”, explica. “Eu gosto de pensar na inovação e nas barreiras da transformação.”
Duas inteligências
Bem antes de liderar um ecossistema de ensino, o empreendedor também foi professor de matemática. “Estar em uma sala de aula me deu a real dimensão do papel de uma universidade ou de uma escola.” Ainda hoje, ele se vê como professor – e também como aluno. “Na Ânima, todo funcionário é um educador”, diz. “Numa escola, até as paredes educam.”
Na sua visão, o futuro da educação transitará entre duas “IAs”: a inteligência artificial e a inteligência ancestral. “A escola não deve ser um espaço de memorização. Ela precisa ser o ambiente de despertar o desejo de aprender e ajudar o aluno a entender quem ele é.”
Castanho se define como um “inconformado por natureza”, característica que considera essencial para um empreendedor de sucesso, assim como um bom equilíbrio entre autoestima elevada e humildade. “Precisamos olhar pra trás e pensar: ‘Por que eu fiz tudo isso?’ e ‘Por que eu fiz só isso?’ O ‘tudo isso’ te encoraja a fazer mais, e o ‘só isso’ traz humildade para reconhecer que você errou e que poderia ter feito muito mais.”
O empreendedorismo, segundo ele, envolve razão, emoção e, sobretudo, intuição – “aquilo que não cabe em uma planilha”, define. “Para mim, existe uma diferença entre empresário e empreendedor. O empresário corre risco, arrisca capital. Já o empreendedor descobre algo que incomoda, tira o sono e faz ele acordar todos os dias. Eu sou um empreendedor.”
*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.
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