Dólar É Impulsionado por Avanço no Exterior, Mas Registra Baixa na Semana
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O mercado encerrou uma semana em que ficou à espera de novidades sobre o tarifaço dos Estados Unidos e esta sexta-feira (25) não foi diferente. Enquanto isso, o governo brasileiro pena para conseguir se reunir com o presidente americano, Donald Trump, e se aproxima do início da cobrança de 50% sobre importações brasileiras. Se começar a vigorar em 1º de janeiro, a tarifa pode gerar efeito econômico severo. A Confederação Nacional da Indústria estima que mais de 100 mil empregos serão perdidos, potencialmente reduzindo 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Já a Confederação Nacional da Agricultura projeta que o valor das exportações do setor aos EUA pode cair quase pela metade.
No final da sessão, o dólar à vista fechou em alta ante o real, subindo 0,74%, a R$ 5,5622, em harmonia com o movimento da moeda no exterior. Na semana, porém, o dólar acumulou baixa de 0,45%, voltando a registrar uma queda semanal, após ficar em alta por duas semanas em função do anúncio, em 9 de julho, da nova tarifa americana. A moeda foi impulsionada, após a agência Bloomberg informar que o governo americano está preparando a base legal para a cobrança de tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros, atingindo o pico do dia, cotada a R$ 5,5744.
O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,21%, com pontuação de 133.524,18, reflexo da falta de apetite dos agentes financeiros. Apesar das tensões com a guerra comercial, o índice conseguiu acumular uma variação positiva de 0,11% na semana, mas no mês, recua 3,84%. Na contramão, Wall Street fechou com novas máximas históricas para o S&P 500 e Nasdaq, amparados pelo otimismo de que os EUA podem em breve chegar a um acordo comercial com a União Europeia.
Cenário desfavorável
Enquanto há impasses entre Brasil e Estados Unidos, o noticiário aponta que o país deve chegar a um acordo com o Canadá no final de semana, embora as negociações ainda estejam distantes de um consenso. No mercado doméstico, a sensação entre os agentes era de que o Brasil ainda não saiu do lugar em sua tentativa de negociar com os EUA. Durante um evento em Osasco, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu que o país quer negociar.
Pela manhã, os dados divulgados pelo Banco Central (BC) mostraram um retrato desfavorável para o setor externo no mês de junho — antes mesmo do tarifaço começar a valer. O Brasil teve déficit em transações correntes de US$ 5,131 bilhões (R$ 28,51 bilhões) em junho, acima da expectativa da pesquisa Reuters que apontava saldo negativo de US$ 4,363 bilhões (R$ 24,25 bilhões). Para completar, os investimentos diretos no país não compensaram este déficit mensal, ao atingirem apenas US$ 2,810 bilhões (R$ 15,62 bilhões) em junho, abaixo dos US$ 4,5 bilhões (R$ 25,02 bilhões) projetados.
Destaques
– YDUQS ON recuou 4,69%, após divulgar na noite de quinta-feira (23) mudanças na diretoria executiva, incluindo o anúncio de Rossano Marques como novo CEO a partir de 15 de agosto. Marques, atualmente CFO da Yduqs, substituirá Eduardo Parente, que irá para o conselho de administração. De acordo com analistas do Itaú BBA, a saída de Parente do cargo de CEO não era esperada no curto prazo. Em teleconferência com analistas nesta sexta, a Yduqs adotou uma mensagem de continuidade, segundo a equipe do JPMorgan. COGNA ON subiu 1,14%.
– RAÍZEN PN cedeu 1,99%, em meio a dados da companhia mostrando moagem de 24,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no primeiro trimestre da safra 2025/2026, ante volume de 30,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre da safra 2024/25. Chuvas ao longo do trimestre reduziram o ritmo da moagem e limitaram a diluição de custos no período, informou a maior produtora global de etanol e açúcar de cana, uma joint venture entre o grupo Cosan e a Shell. No pior momento da sessão, tocou a mínima histórica de R$ 1,46.
– VIBRA ON avançou 3,39% e GRUPO ULTRA ON fechou em alta de 2,54%. Em relatório nessa semana, analistas do Santander Brasil chamaram a atenção para dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), mostrando que ambas as empresas ganharam participação de mercado no mês passado, assim como Raízen. No caso do Grupo Ultra, que além dos postos Ipiranga é dono da Ultragaz, há também expectativa para o Programa Gás para Todos, que deve ser lançado no próximo dia 5. Citando uma visão inicial, analistas do UBS BB destacaram que ele apoia uma demanda com baixo risco na frente de recebíveis.
– VALE ON caiu 1,47%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato de mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China <DCIOcv1> encerrou as negociações do dia com queda de 1,11%, a 802,5 iuanes (R$ 622,77) a tonelada. No setor, USIMINAS PNA perdeu 1,87%, mesmo com lucro acima do esperado no segundo trimestre, com investidores reagindo a anúncio de investimento de cerca de R$ 1,7 bilhão para modernização e reconstrução parcial da Bateria 4 da Coqueria 2 da Usina de Ipatinga.
– PETROBRAS PN avançou 0,13%, com alta em quatro dos cinco últimos pregões, após perda de 5% na semana passada. Analistas do BTG Pactual destacaram que, com o barril do petróleo Brent, usado como referência de preço pela estatal, sendo negociado acima das expectativas de consenso para 2025 e 2026 e uma série de assimetrias favoráveis, a Petrobras se destaca como uma oportunidade atrativa de “carry trade” para os próximos 12 a 18 meses. Nesta sexta-feira, o Brent fechou em baixa de 1,1%, a US$ 68,44 (R$ 380,57). No mês, sobe cerca de 1%.
– ITAÚ UNIBANCO PN terminou a sessão com alta de 0,43% e BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 0,85%, em pregão sem uma direção única entre os bancos do Ibovespa, com SANTANDER BRASIL UNIT terminando com variação positiva de 0,15%, BRADESCO PN recuando 0,77% e BTG PACTUAL UNIT perdendo 0,25%. Santander Brasil e Bradesco dão início à temporada de balanços do segundo trimestre dos bancos do Ibovespa na quarta-feira (30), o primeiro antes da abertura da bolsa e o segundo após o fechamento do mercado.
O post Dólar É Impulsionado por Avanço no Exterior, Mas Registra Baixa na Semana apareceu primeiro em Forbes Brasil.
#Dólar #Impulsionado #por #Avanço #Exterior #Mas #Registra #Baixa #Semana
Observação da postagem
Nosso site faz a postagem de parte do artigo original retirado do feed de notícias do site forbe Brasil
O feed de notícias da Forbes Brasil apresenta as últimas atualizações sobre finanças, investimentos e tendências econômicas. Com análises detalhadas e insights de especialistas, a plataforma aborda tópicos relevantes como mercado de ações, criptomoedas, e inovação em negócios. Além disso, destaca histórias de empreendedores e empresas que estão moldando o futuro da economia. A Forbes também oferece dicas sobre gestão financeira e estratégias para aumentar a riqueza pessoal. Com um enfoque em informações precisas e relevantes, o site se torna uma fonte confiável para quem busca se manter atualizado no mundo financeiro.
Palavras chaves
Dólar É Impulsionado por Avanço no Exterior, Mas Registra Baixa na Semana
Notícias de finanças
Mercado financeiro hoje
Análise de mercado de ações
Investimentos em 2024
Previsão econômica 2024
Tendências do mercado de ações
Notícias sobre economia global
Como investir na bolsa de valores
Últimas notícias financeiras
Mercado de ações ao vivo
Notícias de economia mundial
Análise de investimentos
Dicas para investir em ações
Previsão de crescimento econômico
Como começar a investir
Análises financeiras atualizadas
Mercado de criptomoedas hoje
Previsão de recessão econômica
Finanças pessoais e investimentos
Notícias sobre bancos e finanças