Dólar Fecha a R$ 5,32 e Ibovespa Registra Dois Recordes Históricos no Dia
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O mercado iniciou a semana já na expectativa para quarta-feira (17), quando o Federal Reserve (Fed) se reunirá para decidir os rumos da taxa de juros dos EUA. A tendência é que a autarquia corte a margem em pelo menos 25 pontos-base, hoje entre 4,25% e 4,50%. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) também se reunirá no mesmo dia, no entanto, a projeção é de que a Selic seja mantida em 15%.
Ainda no cenário doméstico, nesta segunda-feira (15), Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou retração de 0,5% em julho ante o mês anterior, segundo dado dessazonalizado. O número veio abaixo do esperado por pesquisa feita pela Reuters, que apontava baixa de 0,2%. Em paralelo, a pesquisa Focus mostrou queda nas projeções para a inflação neste ano e para a Selic em 2026.
No final da sessão desta segunda-feira (15), o dólar caiu pelo quarto pregão seguido. A queda foi de 0,59%, com cotação de R$ 5,3220. Além do otimismo com o possível corte nos Estados Unidos, a moeda perdeu força no exterior, O Ibovespa avançou 0,90%, totalizando 143.546,58 pontos, nova máxima histórica. Ainda no dia, índice chegou a 144.193,58 pontos. Em Wall Street, o S&P 500 fechou com acréscimo de 0,47%, renovando máximas históricas, enquanto o rendimento do título de dez anos do Tesouro dos EUA recuou a 4,0356%.
Embora exista uma perspectiva positiva, investidores no Brasil ainda temem possíveis retaliações por parte dos Estados Unidos, após a condenação do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL), por golpe de Estado, no Superior Tribunal Federal (STF). O processo contra Bolsonaro foi uma das justificativas usadas por Donald Trump para impor uma tarifa de 50% contra produtos brasileiros. No final da tarde, o secretário de estados dos EUA, Marco Rubio, criticou a condenação, afirmando ser “uma violação do estado de direito”, durante entrevista à Fox News.
Destaques
– ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,66%, BRADESCO PN valorizou-se 1,19% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 0,49% — após perdas na semana passada de 2,4%, 2,55% e 1,8%, respectivamente. BANCO DO BRASIL ON, que fechou a semana passada com ganho acumulado de 5,5%, cedeu 2,2%. O índice do setor financeiro avançou 0,88%, apoiado ainda por B3 ON, em alta de 3,24%.
– VALE ON avançou 0,88%, mesmo com a fraqueza dos preços do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian fechou as negociações diurnas com decréscimo de 0,31%. Analistas do BTG Pactual elevaram o preço-alvo dos ADRs (recibos de ações negociados nos EUA) da mineradora para US$ 11,00 (R$ 58,52), de US$ 10,00 (R$ 53,20) , mantendo recomendação neutra.
– PETROBRAS PN subiu 0,87%, passando a acompanhar a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril sob o contrato Brent fechou com elevação de 0,67%. A petrolífera anunciou no final da sexta-feira (12) que concluiu a aquisição de uma participação de 27,5% no consórcio do bloco 4 de São Tomé e Príncipe, de acordo com comunicado ao mercado.
– ELETROBRAS ON avançou 3,02%, endossada por analistas do Itaú BBA, que reiteraram recomendação “outperform” para as ações e elevaram o preço-alvo para R$ 63,30, de R$ 54,90. “A empresa atualmente oferece uma das assimetrias de valorização mais atrativas em nossa cobertura (no setor elétrico), podendo também se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor”, afirmaram Fillipe Andrade e equipe em relatório.
– YDUQS ON subiu 6,72%, acompanhada pela rival COGNA ON, que encerrou em alta de 4,45%, com o alívio nas taxas dos Depósitos Interbancários (DIs) referendando uma recuperação dos papéis, após quedas mais expressivas na semana passada, de cerca de 8% e 5%, respectivamente.
– MAGAZINE LUIZA ON valorizou-se 7,41%, encontrando suporte também no movimento da curva de juros para ampliar ainda mais o ganho desde agosto. Após fechar o oitavo mês do ano com alta de 16%, as ações do Magalu já acumulam uma elevação de cerca de 29% em setembro. Nesta sessão, o índice do setor de consumo na B3 subiu 0,63%.
– RD SAÚDE ON perdeu 3,93%, tendo como pano de fundo a notícia de que a rival Pague Menos avalia uma potencial oferta de ações. O plano que está sendo avaliado contempla uma oferta subsequente de distribuição primária de ações da rede de farmácias e secundária de ações de titularidade de fundos geridos pela General Atlantic, com valor aproximado de R$250 milhões. PAGUE MENOS ON, que não está no Ibovespa, encerrou com declínio de 4,45%.
– NATURA ON avançou 2,17%, em pregão com anúncio da empresa de que fechou acordo para a venda das operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana (Avon Card) para o Grupo PDC. A operação contempla o pagamento de US$ 1,00 acrescido de um recebível de US$ 22 milhões (R$ 117,040 milhões) da Avon Guatemala à subsidiária integral da Natura no México. A empresa reforçou que segue explorando alternativas para a Avon Internacional.
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