Entramos em tempos de paz, diz Netanyahu ao lado de Trump no Parlamento de Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (13) que o Oriente Médio entro em “tempos de paz” durante discurso no Parlamento de Israel.
Ao lado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Netanyahu falou aos parlamentares após a devolução de todos os reféns vivos pelo Hamas e a libertação de presos palestinos, na primeira etapa do acordo de paz entre Israel e o grupo de terrorista.
“Há tempos de paz e tempos de guerra. Os dois últimos anos foram tempos de guerra, mas agora entramos em tempos de paz. Dentro e fora de Israel”, declarou Netanyahu.
Devolução dos reféns
Hamas liberta todos os 20 reféns israelenses
Os 20 reféns israelenses vivos que ainda estavam sob poder do grupo terrorista Hamas foram finalmente libertados após mais de dois anos de cativeiro, na madrugada desta segunda-feira (13). A operação faz parte de um acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o Hamas.
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O Hamas sequestrou 251 pessoas durante os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023. Segundo Israel, o grupo ainda mantinha 48 vítimas na Faixa de Gaza, das quais 28 estão mortas. Os demais sequestrados foram libertados em outros dois acordos de cessar-fogo ou resgatados por militares israelenses.
Os 28 corpos dos reféns mortos não foram entregues pelo Hamas a Israel até a última atualização desta reportagem. Ainda não foram divulgados detalhes sobre a entrega dos restos mortais desses reféns.
Sete reféns foram libertados por volta das 2h desta segunda-feira, no horário de Brasília. Os outros 13 foram entregues duas horas depois. Eles foram encaminhados para uma base, onde reencontraram familiares e receberam atendimento médico.
Os reféns libertados nesta segunda-feira foram entregues à Cruz Vermelha e, depois, às Forças de Defesa de Israel, para deixarem a Faixa de Gaza.
Em troca, Israel prometeu soltar quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 que cumpriam penas de prisão perpétua. A Reuters informou que os detentos embarcaram em ônibus da Cruz Vermelha para serem enviados para Gaza, Cisjordânia e outros países.
Reféns palestinos são libertados
Na quarta-feira (8), Israel e o Hamas anunciaram um plano de paz para interromper a guerra na Faixa de Gaza. Pelo acordo, o grupo se comprometeu a libertar todos os reféns vivos e a devolver os restos mortais das vítimas que morreram.
O Hamas tinha até as 6h desta segunda-feira, pelo horário de Brasília, para concluir a libertação. O grupo pediu mais tempo para localizar todos os corpos dos reféns mortos.
Ainda não há prazo para que todos os corpos sejam devolvidos. A Turquia anunciou uma força-tarefa para ajudar o Hamas a encontrar os restos mortais das vítimas na Faixa de Gaza.
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Divulgação
O acordo
O plano de paz entre Israel e Hamas foi apresentado no fim de setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia. Veja alguns pontos a seguir.
🟢 Reféns: O Hamas mantinha 48 dos 251 sequestrados no ataque terrorista em 2023. As demais vítimas foram libertas durante a vigência de outros dois acordos de cessar-fogo ou por meio de operações militares israelenses.
💥 Ataques em Gaza: O plano prevê o fim dos bombardeios na Faixa de Gaza e o recuo das tropas israelenses
O plano divulgado pela Casa Branca no fim de setembro prevê uma retirada gradual das tropas do território palestino.
Logo após o anúncio do cessar-fogo, as forças israelenses recuaram para uma linha acordada com o Hamas.
Com isso, Israel diminuiu a área de ocupação em Gaza de 75% para 53%.
O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para todos os cenários e para a operação de retorno dos reféns.
Infográfico mostra recuo das tropas de Israel em Gaza.
Arte/g1
🔎 O que falta esclarecer: Apesar do início do cessar-fogo, vários detalhes do plano de paz ainda não foram divulgados.
Segundo o presidente Trump, outras fases do acordo estão em negociação. Ainda não se sabe como serão as próximas etapas.
Também não está claro como será a transição de governo na Faixa de Gaza, proposta pela Casa Branca.
Além disso, não há confirmação de que o Hamas tenha se comprometido a entregar suas armas. O grupo terrorista tem indicado que não concorda com a ideia.
O Hamas disse também que não vai acertar uma tutela estrangeira na governança de Gaza, algo previsto no plano dos Estados Unidos.
Uma cerimônia para oficializar a assinatura do acordo será feita nesta segunda-feira, no Egito. Trump e outras 20 lideranças internacionais devem participar do evento.
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