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EUA Entram no Conflito entre Irã e Israel Bombardeando Alvos Nucleares Iranianos

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Aviões de guerra americanos lançaram bombas sobre três instalações nucleares no Irã, anunciou o presidente Trump na noite de sábado (21). O ato envolveu diretamente as forças armadas dos EUA no conflito entre Irã e Israel, após dias de incerteza sobre se os EUA interviriam ou não.

“Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano”, escreveu ele em uma postagem nas redes sociais, acrescentando que uma “carga completa” de bombas foi lançada sobre Fordo, a instalação subterrânea fortemente fortificada no Irã, considerada essencial para o programa nuclear do país. “Todos os aviões estão em segurança a caminho de casa.”

Os três alvos atingidos, segundo Trump, incluíram os dois principais centros de enriquecimento de urânio do Irã: a instalação montanhosa de Fordo e a planta maior de Natanz, que havia sido atacada por Israel alguns dias antes com armamentos de menor porte. O terceiro local, próximo à antiga cidade de Isfahan, é onde se acredita que o Irã mantém urânio enriquecido a níveis próximos aos necessários para uma bomba, o que foi observado por inspetores há apenas duas semanas.

 

Ameaça de retaliação

O Irã, que até agora vinha evitando ataques diretos a tropas e interesses americanos no Oriente Médio, advertiu que a entrada dos EUA na guerra provocaria retaliação, elevando os temores na região quanto ao risco de ampliação do conflito. Mas ainda não está claro como essa resposta se dará. Analistas também especulam que o Irã poderia reagir acelerando seu programa nuclear — caso este sobreviva aos bombardeios americanos.

Após uma semana de sinais contraditórios, o presidente Trump — que por muito tempo prometeu manter os EUA fora de “guerras eternas” no exterior — autorizou as forças americanas a atacarem a instalação nuclear mais fortificada do Irã, localizada em profundidade subterrânea. O objetivo, segundo autoridades americanas e israelenses, é impedir que o Irã construa uma bomba nuclear.

Israel e Irã, inimigos declarados há décadas, vêm trocando tiros desde 13 de junho, quando os israelenses lançaram uma ofensiva surpresa contra infraestrutura iraniana, incluindo instalações nucleares e líderes militares. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que seu país não tinha outra escolha senão agir para evitar um “holocausto nuclear”.

O Irã respondeu com lançamentos de mísseis e também com ofertas para retomar as negociações sobre seu programa nuclear. Dias atrás, membros do governo Trump pareciam determinados a se manter à parte do conflito. No entanto, Trump, ao mesmo tempo em que fazia apelos por negociações de paz, começou a adotar um tom cada vez mais beligerante.

Na terça-feira, chegou a fazer uma ameaça direta ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, dizendo: “Nossa paciência está se esgotando.”

 

Escalada no conflito

Nesta semana, ao ser questionado sobre avaliações das agências de inteligência dos EUA e de sua diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard — que afirmaram que o Irã não estava ativamente trabalhando para obter uma arma nuclear — Trump respondeu categoricamente que essas informações estavam erradas. Segundo ele, o Irã estaria a meses — senão semanas — de conseguir produzir uma bomba.

Com o envio de bombardeiros americanos para ajudar Israel a destruir uma instalação de enriquecimento de urânio no Irã, inicia-se provavelmente uma fase ainda mais perigosa da guerra. Há várias possibilidades de desdobramentos, e o funcionamento das poderosas bombas “bunker buster” dos EUA pode ser determinante.

Israel lançou uma série de ataques aéreos contra bases de mísseis, uma instalação nuclear e depósitos de munições no Irã, enquanto o Irã disparou uma chuva de mísseis balísticos e lançou drones contra Israel. O Departamento de Estado dos EUA iniciou a evacuação de cidadãos americanos em Israel, informou o embaixador dos EUA, Mike Huckabee.

 

Bombas “bunker buster”

O termo “bunker buster” se refere a diversos tipos de munições de penetração profunda, mas, para atingir Fordow, é provável que os militares dos EUA tenham utilizado a GBU-57 A/B Massive Ordnance Penetrator. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou à BBC na segunda-feira que o local de Fordow — que estaria situado entre 79 e 90 metros abaixo do solo — sofreu “danos muito limitados, se é que houve algum”, embora as centrífugas na importante instalação de Natanz tenham sido “severamente danificadas, senão destruídas”. A arma de precisão de 13.600 quilos é a maior e mais pesada bomba convencional lançada por via aérea empregada pelos militares dos EUA. A bomba também é significativamente maior que a maior “bunker buster” do arsenal militar de Israel, a GBU-28 de 2.270 quilos. Acredita-se que a GBU-57 seja capaz de penetrar cerca de 60 metros de rocha montanhosa antes de explodir.

Devido ao seu tamanho gigantesco, a GBU-57 só pode ser lançada a partir do bombardeiro estratégico furtivo B-2 Spirit. O B-2 é operado exclusivamente pela Força Aérea dos Estados Unidos, e os militares israelenses não possuem em sua frota bombardeiros estratégicos de grande porte capazes de transportar esse tipo de armamento.

 

Contexto

O conflito entre Israel e Irã foi reacendido há pouco mais de uma semana, quando forças israelenses lançaram ataques contra instalações nucleares iranianas, matando diversos generais de alto escalão e cientistas nucleares iranianos. Desde então, os dois países têm trocado ofensivas militares, com Israel alegando que o Irã estava próximo de desenvolver uma arma nuclear. Nesta semana, Israel também afirmou que poderia atacar as instalações nucleares do Irã sem a ajuda dos Estados Unidos. Trump cogitou aderir aos ataques israelenses nos últimos quatro dias e chegou a exigir a rendição incondicional do Irã. O governo iraniano declarou estar preparado para um confronto prolongado com Israel, enquanto Trump afirmou que os EUA “não buscam uma guerra de longo prazo… Só quero uma coisa: o Irã não pode ter uma arma nuclear”. Os ataques israelenses ao Irã continuaram neste sábado, quando o ministério da Saúde iraniano informou que cerca de 400 pessoas morreram e mais de 3.000 ficaram feridas.

Ainda não está claro quantas bombas foram lançadas ou qual foi o impacto sobre a capacidade do Irã de enriquecer urânio e, eventualmente, de produzir uma arma nuclear. Trump, que vinha debatendo se apoiaria ou não a guerra de Israel contra o Irã, logo após o ataque sugeriu que ainda seria possível uma solução diplomática. Mas não está claro se o Irã estará interessado nisso.

Desde que tornou pública a possibilidade de atacar o Irã, Trump tem enfrentado pressão de críticos republicanos e apoiadores da iniciativa, evidenciando divisões dentro de seu próprio partido.

Alguns conselheiros, tanto dentro quanto fora da Casa Branca, tentaram dissuadi-lo de realizar o ataque aéreo e sugeriram que se limitasse a oferecer apoio da comunidade de inteligência a Israel. Outros, aceitando que Trump estava determinado a bombardear as instalações nucleares, passaram a trabalhar para garantir que ele tivesse uma visão clara das possíveis consequências da ofensiva e para limitar o envolvimento americano após os primeiros ataques.

Há meses, o vice-presidente JD Vance alerta contra o risco de uma guerra voltada para a mudança de regime no Irã, e Trump tem dito em reuniões com assessores e aliados próximos que não tem interesse em entrar em uma guerra prolongada para derrubar a liderança iraniana.

Trump repetidamente afirmou que não quer enviar tropas americanas para combates no exterior. Mesmo após o início da campanha de bombardeios de Israel, Trump incentivava Vance e seu enviado especial, Steve Witkoff, a buscar uma solução diplomática com o Irã. O presidente expressou frustração com a lentidão das respostas das autoridades iranianas. Sua equipe também reclamou da dificuldade em saber se os interlocutores iranianos falavam em nome do líder supremo do país.

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