Ibovespa Fecha em Queda, Mas Confirma Primeira Alta Mensal Desde Agosto
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Em mais um dia movimentado, a queda do dólar foi impulsionada pela disputa de investidores pela formação da taxa Ptax de fim de mês e pelas expectativas em torno da adoção pelos EUA de tarifas sobre produtos do México, do Canadá e da China. Enquanto o Ibovespa conseguiu fechar o mês com saldo positivo, apesar do fechamento em queda. O feito não acontecia desde agosto de 2024.
O dólar completou nesta sexta-feira (31) a décima sessão consecutiva de queda no Brasil, com a moeda chegando a tocar nos R$ 5,80 durante a sessão. No fechamento do dia, o dólar à vista ficou em baixa de 0,30%, aos R$ 5,8355. Por outro lado, o índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa, caiu 0,61%, a 126.134,94 pontos. A queda foi motivada pelas pressões negativas sobre as ações da Vale. Ao longo do dia, o indicador registrou 127.531,99 pontos na máxima — maior nível intradia desde 12 de dezembro –, e 126.057,34 pontos na mínima do pregão.
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Aumento das Taxas
Apesar da queda no final desta sexta, na abertura, o dólar deu sinais de fortalecimento, em meio aos temores globais de que o governo de Donald Trump pudesse impor tarifas de importação ao México e ao Canadá, como vem prometendo.
A disputa no mercado pela formação da Ptax também trouxe volatilidade aos negócios, com investidores comprados tentando impulsionar as cotações após os recuos recentes. Neste cenário, o dólar à vista marcou a máxima de R$ 5,9030 (+0,85%) às 9h08, mas rapidamente perdeu força e atingiu a mínima de R$ 5,8014 (-0,88%) às 10h07 — horário dentro de uma das janelas de coleta de cotações pelo BC para cálculo da Ptax.
A volatilidade persistiu até o anúncio oficial do presidente dos Estados Unidos quanto às taxas de importação sobre produtos mexicanos e canadenses. O imposto com ajuste de 25% passará a valer a partir deste sábado (1º). Isso deu fôlego a algumas moedas de países emergentes, como o próprio peso mexicano e o real. além dos vizinhos, produtos chineses também terão tarifa com aumento de 10%.
Em Alta
Mesmo fechando no vermelho, o Ibovespa acumulou uma alta de 3,01% só nesta semana e de 4,86% em janeiro. O feito quebra uma série de quatro perdas mensais. Parte do êxito tem a ver com a entrada líquida de R$ 4,1 bilhões em investimentos estrangeiros, registrados até a última quarta-feira (29).
De acordo com o analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, o mercado teve um dia parado, com volume baixo, e, após a alta da véspera, quando o índice Bovespa fechou com elevação de 2,82%, era natural alguma realização de lucros.
O fato do Brasil ter reduzido a sua dívida pública em 2024 abaixo do esperado, caindo para 76,1% do PIB em dezembro, ante 77,7% em novembro, evitou uma correção negativa mais expressiva. “É um bom sinal”, afirma Mollo. A expectativa em pesquisa da Reuters apontava para 77,0%.
Na próxima semana, a cena norte-americana tende a continuar no radar, mas a ata da última reunião do Banco Central do Brasil também estará sob os holofotes, após o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizar mais uma alta de 1 ponto percentual na Selic em março, mas deixar em aberto os próximos passos.
Resultados de Itaú, Santander, Bradesco, CCR, Multiplan e São Martinho, entre outros também são esperados pelos investidores da bolsa paulista.
Destaques
– VALE ON cedeu 1,56%, após forte valorização na véspera (+4,22%), ainda sem o referencial dos futuros do minério de ferro na China em razão de feriado naquele país. As negociações em Dalian serão retomadas na próxima quarta-feira. Em Cingapura, o vencimento de referência da commodity registrou declínio de 0,12%.
– WEG ON caiu 2,08%, conforme agentes seguem avaliando potenciais efeitos na companhia da adoção de tarifas pelo governo Trump sobre o México. Em setembro de 2024, o grupo anunciou R$ 336 milhões em investimentos nos próximos cinco anos no México para atender a demanda da América do Norte. Apesar da queda, a ação subiu 6,52% em janeiro.
– LOCALIZA ON caiu 2,5%, devolvendo boa parte da alta da véspera, quando subiu quase 5%. Analistas do JPMorgan reiteraram recomendação “overweight” para a ação, mas cortaram o preço-alvo de R$ 59 para R$ 58, seguindo uma leve redução nas projeções de receita, Ebitda e lucro para a companha em 2025. Eles também esperam um quarto trimestre fraco no setor.
– VIBRA ON recuou 5,07%, tendo no radar relatório de analistas do Goldman Sachs cortando a recomendação da ação para neutra, bem como o preço-alvo — de R$ 27,40 para R$ 19,50. No setor, ULTRA ON caiu 3,16%, com o banco norte-americano elevando a recomendação do papel para compra, mas reduzindo o preço de R$ 25,10 para R$ 19,70.
– PETROBRAS PN fechou em alta de 0,8%, renovando máximas históricas, após a estatal anunciar o primeiro aumento de preço do diesel em mais de um ano. De acordo com o Itaú BBA, o anúncio demonstra a autonomia da empresa na execução de sua estratégia comercial. No exterior, o barril de Brent fechou com variação negativa de 0,14%.
– BTG PACTUAL UNIT subiu 1,62%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, que começam a reportar na próxima semana os resultados do último trimestre de 2024. BTG divulga seus números apenas no dia 10, mas SANTANDER BRASIL UNIT, que avançou 0,89%, e ITAÚ UNIBANCO PN, que caiu 0,65%, divulgam na quarta-feira, dia 5, enquanto BRADESCO PN, que perdeu 0,41%, apresenta na sexta-feira. BANCO DO BRASIL ON, que publica balanço no dia 19 de fevereiro, fechou com acréscimo de 0,14%.
– TOTVS ON valorizou-se 4,45%, com a empresa de tecnologia afirmando que continua avaliando se apresentará ou não proposta vinculante para a aquisição da Linx no âmbito de processo competitivo.
– AZEVEDO & TRAVASSOS ON, que não faz parte do Ibovespa, avançou 9,4%, após anunciar que foram concluídas as etapas preparatórias e obtidas as autorizações para a cisão parcial dos negócios de energia e exploração e produção de petróleo, que passarão a ser concentrados na Azevedo & Travassos Energia. Na máxima do dia, disparou quase 14%.
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