Ibovespa Fecha no Negativo Puxado por Petrobras em Dia com Fiscal e IPCA no Radar
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O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira (9), pressionado pela Petrobras, em pregão também marcado pela repercussão da derrubada de medida provisória para melhorar o desempenho fiscal do governo e um IPCA abaixo do esperado.
O indicador brasileiro cedeu 0,31%, a 141.708,19 pontos, tendo marcado 143.212,02 pontos na máxima e 141.603,17 pontos na mínima. O volume financeiro somou R$ 18 bilhões.
A Câmara dos Deputados votou na quarta-feira pela retirada de pauta da Medida Provisória 1303, o que na prática levou à perda de validade da principal proposta de ajuste das contas do Executivo para 2026. A MP tinha como objetivo compensar a derrubada de parte das mudanças feitas pelo governo em decreto que elevou alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O governo e seus aliados concordaram em desidratar a proposta inicial do governo que previa um aumento de arrecadação de R$20,9 bilhões no ano que vem. Mas, mesmo com a redução desse impacto para R$17 bilhões em versão da MP aprovada em comissão mista no Congresso, a medida não avançou na votação em plenário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira que serão apresentadas várias medidas alternativas.
“Houve algum ruído político após a rejeição da MP que tratava de fontes de arrecadação alternativas ao IOF, aumentando a incerteza sobre o equilíbrio das contas públicas”, afirmou o especialista em investimentos Bruno Shahini, da Nomad.
Também nesta quinta-feira (9), o IBGE divulgou que o IPCA subiu 0,48% em setembro, após queda de 0,11% em agosto, mas abaixo da alta de 0,52% estimada por economistas. Em 12 meses, aumentou 5,17%, de 5,13% em agosto e previsão de 5,22%. “Apesar do índice abaixo do esperado, não esperamos mudança na expectativa do mercado para o início da flexibilização da política monetária, que deve se manter para o final do primeiro trimestre de 2026”, disse a economista-chefe do InvestSmart XP, Mônica Araújo.
As ações dos Estados Unidos terminaram no território negativo nesta quinta-feira, conforme investidores, sem dados econômicos ou qualquer catalisador que influencie o humor do mercado, aproveitaram a oportunidade para se consolidar antes da temporada de balanços do terceiro trimestre.
Os índices S&P 500 e Nasdaq recuaram em relação aos recordes de fechamento de quarta-feira, mas o índice Dow Jones fechou com a maior queda percentual. De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,27%, para 6.735,22 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq registrou variação negativa de 0,08%, para 23.023,95 pontos. O Dow Jones caiu 0,51%, para 46.363,20 pontos.
Câmbio
A aceleração do dólar ante outras moedas fortes no exterior, em especial o iene e o euro, fez a moeda norte-americana ganhar força também ante as divisas de países emergentes nesta quinta-feira, incluindo o real. Em paralelo, o mercado monitorava os desdobramentos da derrubada, pelo Congresso, da medida provisória sobre taxação de aplicações financeiras, uma dura derrota para o governo Lula, na noite de quarta-feira.
O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,61%, aos R$ 5,37. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 13,01%. Às 17h03, na B3, o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,70%, aos R$ 5,4035.
No início do dia, o dólar chegou a oscilar em baixa no Brasil, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante várias divisas pares do real, como o rand sul-africano, o peso chileno e o peso mexicano. No entanto, a aceleração do dólar ante outras moedas fortes, como o iene e o euro, acabou empurrando as cotações em outras praças, inclusive no Brasil.
“O dólar subiu lá fora em relação a todas as moedas, muito em função do que a próxima primeira-ministra do Japão falou”, pontuou João Oliveira, superintendente de Câmbio na Moneycorp.
A chefe do partido governista do Japão, Sanae Takaichi, que caminha para se tornar primeira-ministra, disse que o banco central do país é responsável pela definição da política monetária, mas que qualquer decisão tem que se alinhar à meta do governo. “Isso desvalorizou as demais moedas ante o dólar. O iene atingiu o menor valor em vários meses, e o real foi junto”, descreveu Oliveira.
Após registrar a cotação mínima de R$ 5,3240 (-0,36%) às 9h28, o dólar à vista escalou até a máxima de R$ 5,3808 (+0,71%) às 15h52, em um momento em que a moeda norte-americana também seguia forte no exterior.
No Brasil, os investidores também se mantinham atentos à Brasília, depois que a Câmara dos Deputados retirou de pauta, na noite de quarta-feira, a MP 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras, o que levou à perda de validade de uma das principais propostas de ajuste das contas do Executivo.
Na prática, o texto foi rejeitado sem sequer ter tido o mérito analisado. A MP teria impacto fiscal de R$ 14,8 bilhões em 2025 e de R$ 36,2 bilhões em 2026, considerando as novas receitas previstas e os cortes de despesas, conforme o Ministério da Fazenda.
Em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou antes da abertura dos mercados que discutirá com ministros na próxima semana como o sistema financeiro, especialmente as fintechs, pode pagar o imposto devido, após a queda da MP.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou pela manhã que apresentará a Lula várias alternativas à MP.
Também pela manhã, durante evento em São Paulo, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton José David, avaliou que metade do ganho de valor do real este ano se deve à valorização da própria moeda brasileira, enquanto a outra metade se deve ao enfraquecimento do dólar.
O diretor do BC citou ainda uma característica do mercado de câmbio brasileiro, que tem mais de 90% da liquidez concentrada nos derivativos, contra cerca de 10% do segmento spot (à vista) — ao contrário do que se vê em outros países, que concentram cerca de 50% em cada um dos segmentos. Por conta disso, segundo ele, quando ocorre alguma disfuncionalidade no mercado de câmbio, atuar no spot não é o mais eficiente.
Nesta sessão, o Banco Central vendeu 40 mil contratos de swap cambial para rolagem dos vencimentos de novembro.
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