Ibovespa Tem Nova Máxima, Mas Perde Fôlego Ao Longo do Dia
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Nesta quinta-feira (11), o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). No mês de agosto, a inflação americana avançou 0,4%, ante alta de 0,2% em julho. Valor acima do esperado, de 0,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços nos EUA subiram 2,9%, maior alta desde janeiro. No dia, também foi publicado que os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 263 mil na semana passada, acima da expectativa de 235 mil da pesquisa da Reuters, em um novo sinal de piora nas condições do mercado de trabalho.
Os números reforçam a perspectiva de corte na margem de juros pelo Federal Reserve (Fed) em 0,25 ponto percentual. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reunirá na próxima quarta-feira (17). Diante desse panorama, Wall Street fechou com novas máximas para S&P 500, Nasdaq e Dow Jones, enquanto o rendimento do título de dez anos do Tesouro dos EUA recuava a 4,02% no final da tarde.
Por aqui, Ibovespa chegou a ter máxima histórica no decorrer do pregão, alcançando 144.012,5 pontos, mas não se sustentou. No fechamento do mercado, o índice teve alta de 0,56%, com pontuação de 143.150,03 pontos. O dólar fechou em baixa de o,30%, cotado a R$ 5,3911. Ao longo do dia, a divisa oscilou, mas perdeu força após os dados do CPI.
A quinta-feira também foi marcada pelo terceiro dia do julgamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). Com o voto da ministra Cármen Lúcia, a Primeira Turma do STF formou maioria para condenar Bolsonaro por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado. O ministro Cristiano Zanin, que apresentava suas considerações neste fim de tarde, também votou pela condenação de Bolsonaro, levando o placar para 4 a 1 contra o ex-presidente.
Ainda no noticiário local, o Ministério da Fazenda cortou as previsões para o crescimento do país e a inflação neste ano, enquanto pesquisa Datafolha mostrou que aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu a 33% de “ótimo/bom” e se aproximou da desaprovação, com 38% de “ruim/péssimo”.
Destaques
– BANCO DO BRASIL ON avançou 0,77%, ampliando a recuperação desde a mínima do ano em agosto, com medidas recentes apoiando perspectivas de alívio para os números do banco. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,18%, BRADESCO PN fechou com elevação de 0,95% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizou-se 1,08%.
– BTG PACTUAL UNIT encerrou negociada em alta de 1,67%, tendo ainda no radar comunicado do banco de que não está diretamente envolvido em qualquer negociação envolvendo investimento na Cosan. COSAN ON subiu 0,68%.
– VALE ON valorizou-se 0,78%, mesmo com a queda dos preços do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,81%.
– PETROBRAS PN recuou 0,38% e PETROBRAS ON caiu 1,05%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no exterior, com o barril sob o contrato Brent fechou em baixa de 1,7%. No setor, PETRORECONCAVO ON cedeu 0,54% e BRAVA ON perdeu 0,49%, mas PRIO ON subiu 0,74%.
– MAGAZINE LUIZA ON saltou 8,11%, ampliando os ganhos em setembro, apoiada nesta sessão pelo alívio nas taxas dos contratos com vencimentos mais longos de Depósito Interbancário (DI), enquanto a pauta do dia mostrou que as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,3% em julho ante junho, dentro do esperado, e subiram 1% ano a ano, de previsão de alta de 0,8%. O índice do setor de consumo avançou 1,39%.
– CYRELA ON apurou um ganho de 4,91%, também favorecida pelo comportamento na curva de juros. O índice do setor imobiliário avançou 1,76%.
– CAIXA SEGURIDADE ON caiu 2,46%, após a companhia divulgar que seu conselho de administração decidiu destituir Felipe Mattos do cargo de diretor-presidente. A empresa, braço de seguros da Caixa Econômica Federal, informou que o diretor de Finanças, Edgar Vieira Soares, ocupará o cargo de forma interina e cumulativamente.
– NEOENERGIA ON, que não está no Ibovespa, valorizou-se 2,38%, tendo no radar a notícia de que a companhia de energia espanhola Iberdrola fechou a compra da participação de 30,29% da Previ na empresa brasileira, por R$ 11,95 bilhões, ou R$ 32,50 por ação.
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