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Inovação e tecnologia fortalecem os seguros agrícolas diante das mudanças climáticas – CQCS

O aumento da frequência de eventos climáticos extremos tem impulsionado uma profunda transformação no mercado de seguros agrícolas. Estiagens prolongadas, chuvas intensas e variações inesperadas de temperatura estão elevando o número de sinistros e pressionando o equilíbrio financeiro das seguradoras, o que exige novas estratégias de adaptação e inovação tecnológica para garantir a sustentabilidade do setor. As mudanças climáticas impactam diretamente a produtividade das lavouras e o custo das indenizações pagas. Em 2022, considerado um ano de perdas recordes, os sinistros superaram o valor arrecadado com prêmios, um sinal claro de que o modelo tradicional precisa evoluir. Além disso, cresce o número de ações judiciais envolvendo seguros agrícolas, impulsionadas por divergências na interpretação dos contratos e na caracterização dos danos causados por fenômenos climáticos.

Diante desse cenário, seguradoras e produtores têm buscado soluções que combinem inovação, eficiência e governança. Entre as principais iniciativas em andamento estão o seguro paramétrico, modelo baseado em índices meteorológicos objetivos que reduz burocracias e agiliza o pagamento das indenizações; o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), ferramenta pública que orienta o produtor na escolha de períodos e culturas menos expostos a riscos e é requisito essencial para o acesso ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR); a própria subvenção ao prêmio, criada em 2005, que subsidia parte do valor das apólices e amplia o acesso dos produtores ao seguro; e o aprimoramento da precificação, com uso de modelagens atuariais avançadas que combinam dados históricos e variáveis climáticas para precificar riscos em regiões antes não atendidas.

Nesse contexto de transformação, a Confitec e a FINEP se unem no projeto Agroecologia 5.0, uma iniciativa que alia tecnologia, inclusão e sustentabilidade no campo. Selecionado em edital competitivo, o projeto recebeu investimento conjunto das duas instituições para validar a hipótese de que o acesso à tecnologia pode elevar a produtividade e reduzir riscos, especialmente entre pequenos produtores. O projeto prevê o desenvolvimento de uma plataforma digital de monitoramento agrícola, inicialmente aplicada ao cultivo de tomate em Paty do Alferes (RJ). A iniciativa conta com a parceria da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), do Colégio Técnico da UFRRJ (CTUR), da COPPE/UFRJ, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da cooperativa Copa Rio, integrando tecnologia, assistência técnica e capacitação dos agricultores.

O Agroecologia 5.0 promete fortalecer a agricultura familiar por meio de dados em tempo real, análises climáticas e gestão produtiva eficiente. O sistema integra sensores, drones, imagens de satélite (NDVI) e estações meteorológicas, permitindo o monitoramento contínuo da lavoura e da sanidade das plantas. A tecnologia possibilita a detecção precoce de pragas e doenças, além de otimizar a irrigação, adubação e aplicação de bioinsumos, reduzindo perdas, consumo de recursos e ampliando a resiliência das lavouras. O projeto também contribui para o aprimoramento das soluções já oferecidas pela Confitec, como o iRisk Sensoriamento Remoto, reforçando a liderança da empresa em inovação e uso de dados para o setor de seguros agrícolas.

Criada em 2013 pela Confitec, a plataforma iRisk Sensoriamento Remoto se consolidou como uma ferramenta estratégica para seguradoras, produtores e agentes do agronegócio. O sistema disponibiliza dados climáticos e georreferenciados que facilitam a análise de riscos e a tomada de decisão. Entre suas principais funcionalidades estão as imagens de satélite diárias de alta resolução (3,7 m), integradas ao Google Maps, com acompanhamento das áreas seguradas e inspeções; o cruzamento de dados declarados e apurados, garantindo maior precisão nas análises; a análise de conformidade ASG, com checagem de restrições ambientais e sociais; o monitoramento climático contínuo, com histórico de temperatura, chuvas, geadas e risco de inundação; e uma interface intuitiva, que integra dados e permite visualização personalizada das informações em uma linha do tempo clicável.

Com o apoio da FINEP, a Confitec reafirma seu papel de liderança no desenvolvimento de tecnologias voltadas ao agronegócio, promovendo inclusão, sustentabilidade e maior efetividade no seguro rural, um instrumento essencial para proteger o produtor, reduzir vulnerabilidades e garantir a continuidade da atividade no campo.

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Inovação e tecnologia fortalecem os seguros agrícolas diante das mudanças climáticas – CQCS

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