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Inteligência artificial e seguros: como a tecnologia redefine responsabilidades e processos no setor – CQCS

O tema Responsabilidade Civil na Era da Inteligência Artificial ganhou espaço no painel do Conec 2025, em São Paulo, reunindo especialistas para discutir os desafios e oportunidades que a tecnologia traz ao mercado de seguros. Profissionais destacaram o impacto da IA na operação das corretoras, os riscos de falhas nos sistemas e a necessidade de acompanhamento humano para garantir segurança e eficácia nos processos.

De acordo com o diretor da Regional SP Leste do Sincor-SP, José Carlos Rossatto, a inovação tecnológica tem transformado a forma como as corretoras operam, trazendo desafios e oportunidades. “Quando nos deparamos com a tecnologia, ao mesmo tempo em que ficamos assustados, também ficamos motivados. Vejo, dentro desse conceito, oportunidades para levar mais agilidade para dentro das corretoras. Equipamentos de primeira linha e um controle efetivo da comunicação com os colaboradores permitem acelerar os processos e gerar ganho de tempo”, afirmou.

Alexandre Lasalvia, sócio da MHC Corretora de Seguros, destacou o potencial transformador da inteligência artificial no setor. “O agente de IA tem uma percepção dos dados que recebe, planeja o caminho que tem que seguir e executa essa próxima atividade”, explicou o especialista. Mas há sinais de alerta: essa tecnologia pode ser frágil e suscetível a falhas de interpretação. “Você precisa ter uma análise humana porque ela [IA] vai errar”, acrescentou.

Mariana mostrou na prática a fragilidade da IA: ao pesquisar o atual cenário do segmento de seguros RCs, recebeu uma resposta positiva quando na verdade a situação é alarmante. “Dados da Susep mostram que o RC está decrescendo. Até julho, o prêmio emitido diminuiu 1.5%. Quando vai pro D&O, o seguro RC Diretores, Administradores e Conselheiros, a queda é de 15%”, explicou a executiva. 

“Em teoria, toda atividade que uma IA está fazendo, precisa de acompanhamento. Hoje, não temos uma cláusula que determine que a ferramenta não faça tudo sozinha. Isso não está amparado, mas, com certeza, isso vai ser uma evolução que as cláusulas vão ter devido às mudanças de comportamentos das empresas”, disse a Head Comercial da Akad Seguros.

Os seguros de RC são importantes para todos os profissionais, inclusive para os corretores. Em um exemplo relatado por Mariana, um corretor teve um ataque hacker e ficou 20 dias tentando resolver a atuação. Além da necessidade de apólice de seguro cyber, no futuro, a situação poderia desencadear a necessidade de um apólice de RCP, caso os dados de clientes afetados pelo ataque fossem vazados. “Os corretores não estão acreditando nos seguros de RC”, apontou. Segundo ela, é necessário maior exposição do corretor aos produtos. “Quando mais contato com os RCs, mais consciência e mais conforto para oferecer o produto”, enfatizou.

Claudio Macedo Pinto, head de RD Equipamentos da XS Global Brazil e sócio-fundador da BlueCyber, apontou que a transformação no mercado de seguros de automóveis será inevitável diante da evolução dos veículos conectados e inteligentes. De acordo com o especialista, o avanço da tecnologia embarcada tende a ampliar os riscos relacionados a falhas de sistemas e ataques hackers. “A carteira de Auto vai se tornar uma carteira de autocyber”, destacou.

Atualmente, com o avanço dos veículos autônomos e sistemas de direção assistida, surgem novas questões sobre responsabilidade em acidentes. “Uma das discussões que vai surgir é: quem é o responsável?”, apontou Paulo Jatene Bosisio, da FBB Corretora de Seguros. O especialista explicou que, em muitos casos, há responsabilidade objetiva, ou seja, o fabricante responde mesmo que não seja diretamente culpado.

“É preciso atenção especial porque a família da vítima poderá entrar diretamente contra o fornecedor ou desenvolvedor, ou até contra o próprio proprietário do veículo”, apontou Bosisio. O proprietário, por sua vez, pode buscar regressão junto ao desenvolvedor caso seja comprovada a culpa do fornecedor.

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Inteligência artificial e seguros: como a tecnologia redefine responsabilidades e processos no setor – CQCS

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