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Invetir em Bolsas de Luxo Pode Render Mais Que o S&P 500

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Ter uma Birkin ou uma Kelly, os modelos de bolsa mais famosos da maison francesa Hermès, é o sonho de muitas mulheres e fashionistas. Ainda que dinheiro não seja um problema para adquirir uma dessas, as chances de entrar em uma loja da marca e sair de lá com uma Birkin pendurada nos ombros são baixíssimas.

A exclusividade da Hermès é mantida por um rigoroso sistema de cotas. Os clientes só podem adquirir até duas bolsas por ano — e isso após construírem um relacionamento com a marca, por meio de um histórico de compras frequentes. Ou seja, o acesso aos modelos mais cobiçados não é imediato e pode levar anos até que alguém seja considerado elegível para comprá-los.

A escassez do produto é frustração para uns e oportunidade para outros. Se antes colecionar bolsas de luxo era visto como um hábito “fútil”, hoje essa prática se mostra bastante lucrativa e transforma o closet em um verdadeiro portfólio de ativos.

Enquanto ações de gigantes do luxo, como o grupo LVMH, recuam cerca de 30% em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, algumas peças de segunda mão continuam subindo de valor, impulsionadas por um tripé raro no mundo dos bens de consumo: escassez, durabilidade e prestígio. A alta demanda faz com que a liquidez seja alta, transformando o item fashion em um ativo de reserva de valor quase perfeito.

A empresária Andrea Bogosian descobriu isso na prática. Começou sua coleção em 2010 por paixão, mas só em 2015 percebeu que havia ali mais do que estética: havia retorno. O “estalo” se deu ao notar que revendedoras de itens de segunda mão cobravam um preço muito superior ao visto nas lojas. “Sou uma pessoa que pensa muito na valorização de qualquer bem que eu venha a adquirir. Comecei a colecionar Hermès pois consegui unir paixão, exclusividade e estratégia financeira”, conta.

Mudança de comportamento

O padrão de comportamento dos consumidores tem mudado, e as empresas especializadas na curadoria e revenda de itens de luxo estão atentas a esse movimento. Hoje, os clientes se mostram mais conscientes das dinâmicas de oferta e demanda globais e valorizam a tradição artesanal de algumas grifes. Nos últimos 10 anos, o retorno médio de bolsas Hermès superou a marca dos 14% ao ano, ou cerca de 270% na década — mais do que o registrado por índices como o S&P 500 e o Ibovespa.

Segundo Lilian Marques, CEO da Front Row, maior reseller brasileiro de itens de alto padrão, bolsas feitas há dez, vinte ou até trinta anos seguem sendo revendidas em condições impecáveis, especialmente quando conservadas com todos os acessórios originais. “A cada cinco anos, muitas proprietárias enviam suas peças para o spa da marca, o que ajuda a preservar a estética e a valorização futura”, explica.

Exclusividade é uma palavra frequente para descrever marcas famosas como Louis Vuitton, Chanel, Gucci, Prada, entre outras. Mas é preciso ficar atento: nem todo artigo de luxo é um investimento. Roupas e calçados de grife raramente se mantêm relevantes o suficiente para ganhar valor com o tempo — sem contar o desgaste natural do uso.

Ainda de acordo com Marques, até mesmo bolsas consagradas, como a Chanel clássica, podem desvalorizar até 50% após saírem da loja. Enquanto isso, edições limitadas bem preservadas tendem a garantir valorização. “O segredo está em saber o que comprar, como guardar e quando vender”, aponta a CEO. A própria bolsa Hermès também pode sofrer desvalorização caso o estado de conservação da peça não seja a ideal.

A comparação com o mercado de arte não é exagero. Assim como acontece com quadros e esculturas, o mercado de artigos de luxo exige curadoria, conhecimento e timing de mercado.

Bolsas de valor

Rendimento das bolsas Hermès comparado com o das demais aplicações financeiras brasileiras com a média anual em dólares entre 2014 e 2024. Fonte: Frontrow/Comdinheiro

  • 1,6% JUROS (CDI) 
  • 3,3% IBOVESPA
  • 5,6% OURO (B3)
  • 13,9% BOLSAS HERMÈS 

Matéria publicada na edição 131 da revista, disponível nos aplicativos na App Store e na Play Store e também no site da Forbes.

 

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