Quem São os Bilionários Que Estão Ficando Ainda Mais Ricos com Recorde do Bitcoin?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O Bitcoin registrou um novo recorde histórico na segunda-feira (14), ao atingir US$ 122.838 (R$ 682.979). A disparada representa um aumento de quase 100% desde julho do ano passado. Por um breve período, o valor de mercado da cripto ultrapassou US$ 2,4 trilhões (R$ 13,34 trilhões), superando a Amazon e se tornando o quinto ativo mais valioso do mundo.
Essa alta ocorre enquanto investidores aguardam com expectativa o desfecho do que o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA chamou de “Semana Cripto”. Há três projetos de lei em tramitação na Câmara que pretendem estabelecer um marco regulatório e facilitar a integração das criptomoedas ao sistema financeiro tradicional: o CLARITY Act, o Anti-CBDC Surveillance State Act e o GENIUS Act. “Essas propostas de legislação reforçam a agenda pró-crescimento e pró-negócios do presidente, e oferecem um arcabouço regulatório claro para os ativos digitais”, declarou o líder da maioria na Câmara, Steve Scalise.
A expectativa tem gerado grandes retornos para os detentores de BTC, com a valorização da moeda superando até mesmo o desempenho do mercado em geral, que também está próximo de recordes, subindo quase 12% em relação ao ano passado.
Segundo estimativas da Forbes, aqui estão alguns dos maiores bilionários vencedores do último ano, incluindo os principais detentores de Bitcoin. Um nome que ficou de fora da lista de ganhadores é o do homem mais rico do setor cripto: Changpeng Zhao, cuja fortuna vem da exchange Binance, mas que não possui muitos Bitcoins.
1- Satoshi Nakamoto
Patrimônio: US$ 135 bilhões (R$ 750,60 bilhões) | +US$ 62 bilhões (R$ 344,72 bilhões) desde abril de 2024
Ninguém se beneficiaria mais com a valorização do Bitcoin do que seu misterioso criador, Satoshi Nakamoto — caso ele ou ela realmente exista e seja de fato uma pessoa. Com uma estimativa de até 1,1 milhão de bitcoins em sua posse, a fortuna de Satoshi poderia agora ultrapassar US$ 135 bilhões (R$ 750,60 bilhões), impulsionada pelo recorde histórico da moeda. Isso o colocaria como a 11ª pessoa mais rica do mundo, US$ 10 bilhões (R$ 55,60 bilhões) à frente do bilionário da tecnologia Michael Dell e apenas US$ 7 bilhões (R$ 38,92 bilhões) atrás de Warren Buffett.
O problema, no entanto, é que ninguém conseguiu provar com certeza a identidade de Satoshi, autor do white paper do bitcoin publicado em 2008, que depois entregou o controle à comunidade e nunca vendeu um único token. A figura pseudônima — ou possível grupo — por trás de Satoshi Nakamoto desapareceu da cena há mais de uma década.
Também é impossível determinar com exatidão quais são os endereços de bitcoin de Satoshi ou o total de sua fortuna, já que a própria rede é pseudônima, estimativas anteriores da Forbes variam entre 600 mil e 1,1 milhão de tokens. Por essas razões, a Forbes ainda não incluiu Satoshi em sua lista de bilionários.
2- Michael Saylor
US$ 11,2 bilhões (R$ 62,27 bilhões) | +US$ 6,8 bilhões (R$ 37,81 bilhões)
Poucos são tão otimistas com o bitcoin quanto Saylor, que investiu pesado na moeda por meio de sua empresa de software de capital aberto, a MicroStrategy, e também com recursos próprios. A MicroStrategy possui 601.550 BTC, avaliados em quase US$ 74 bilhões (R$ 411,44 bilhões) na segunda-feira.
Isso inclui a compra adicional de 4.225 BTC a um preço médio de US$ 111.827 (R$ 622.827) por unidade entre os dias 7 e 13 de julho, segundo registro recente na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Em 2020, Saylor revelou possuir pessoalmente 17.732 BTC, adquiridos por cerca de US$ 175 milhões (R$ 973 milhões), a um preço médio de US$ 9.882 (R$ 55.002). Essa quantia valeria agora mais de US$ 2 bilhões (R$ 11,12 bilhões).
3- Brian Armstrong
US$ 16,4 bilhões (R$ 91,09 bilhões) | +US$ 5,2 bilhões (R$ 28,91 bilhões)
CEO da Coinbase, Armstrong vem vendendo ações regularmente ao longo de 2025 por meio de um programa automatizado, mas ainda detém 19% da empresa que cofundou, o que o ajuda a lucrar indiretamente com a alta do Bitcoin, assim como Ehrsam.
4- Tyler e Cameron Winklevoss
US$ 4,2 bilhões (R$ 23,35 bilhões) cada | +US$ 3,7 bilhões (R$ 20,57 bilhões) cada
Os gêmeos Winklevoss possuem 28.288 BTC, hoje avaliados em US$ 3,5 bilhões (R$ 19,46 bilhões). A dupla é famosa por acusar Mark Zuckerberg de ter roubado sua ideia para o Facebook, os irmãos doaram 15,47 bitcoins cada, equivalentes a US$ 1 milhão (R$ 5,56 milhões) na época, para a campanha de Donald Trump em 2024. Eles justificaram a doação criticando a postura do governo Biden em relação às criptomoedas, em uma publicação de junho de 2024 feita por Tyler no X (antigo Twitter).
5- Mike Novogratz
US$ 4,9 bilhões (R$ 27,24 bilhões) | +US$ 2,4 bilhões (R$ 13,34 bilhões)
Novogratz é um dos primeiros investidores em Bitcoin e fundador, CEO e acionista majoritário da Galaxy Digital Holdings, empresa de investimentos em criptoativos listada na Bolsa de Valores de Toronto. Ele comprou seus primeiros bitcoins em 2013 e investiu em uma ampla gama de startups e tokens do setor de criptomoedas.
6- Fred Ehrsam
US$ 4,2 bilhões (R$ 23,35 bilhões) | +US$ 1,1 bilhão (R$ 6,12 bilhões)
Cofundador da Coinbase Global, maior exchange de criptomoedas dos EUA, Ehrsam deixou a empresa em 2017 para fundar a Paradigm, gestora de investimentos em criptos com mais de US$ 8 bilhões (R$ 44,48 bilhões) em ativos. Ele permanece no conselho da Coinbase e possui 4% das ações da empresa, que são negociadas no Nasdaq Global Select Market e subiram 81% no último ano — impulsionadas em parte pelas reservas corporativas da Coinbase, que somam 51.017,36 BTC, avaliadas em US$ 6,3 bilhões (R$ 35,03 bilhões) com o preço recorde da última segunda-feira.
7- Tim Draper
US$ 3,6 bilhões (R$ 20,01 bilhões) | +US$ 1,6 bilhão (R$ 8,90 bilhões)
Draper é sócio fundador da firma de ventura capital Draper Fisher Jurvetson e também um dos primeiros investidores em bitcoin. Em 2014, ele comprou 29.656 bitcoins que haviam sido confiscados pelo governo dos EUA no caso da Silk Road, um mercado negro online; esses tokens agora valem mais de US$ 3,6 bilhões (R$ 20,01 bilhões).
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