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Revolut Chega À Argentina e Acirra Competição de Fintechs na América Latina

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O banco digital britânico Revolut está em plena expansão mundial e a Argentina faz parte do seu plano de crescimento. Na última semana, a gigante fintech inaugurou suas novas sedes em Londres e anunciou um compromisso de investimento global de US$ 13 bilhões (R$ 70,72 bilhões) ao longo de cinco anos para impulsionar sua expansão, na qual a América Latina terá um papel importante.

A empresa, que tem como visão se tornar a principal fornecedora de serviços financeiros do mundo, definiu metas ambiciosas: alcançar cem mercados e atingir cem milhões de clientes. Até o momento, o avanço nessa direção tem sido sólido. A Revolut já soma 65 milhões de usuários em todo o mundo e está presente em 50 mercados, com planos de adicionar outros 30 pelos próximos cinco anos.

Diretamente de suas novas instalações em Canary Wharf, onde ocupa quatro andares da torre YY London, Nik Storonsky, diretor executivo e cofundador da Revolut, afirmou que a missão da fintech sempre foi a de simplificar as operações financeiras para seus clientes. Além disso, persegue a visão de se tornar o primeiro banco verdadeiramente global do mundo.

Segundo anunciou a empresa, sua estratégia para sustentar esse ambicioso plano de crescimento global se baseia em quatro pilares fundamentais: expansão internacional, inovação de produtos, crescimento do Revolut Business — seu braço de serviços bancários B2B — e alianças estratégicas no setor.

Pelo mundo afora

No mapa internacional, a companhia revelou avanços significativos em regiões-chave como a Europa, onde abrirá novas filiais em Portugal e na Bélgica; e na Ásia, onde está prestes a lançar operações na Índia e em outros mercados; além de dar seus primeiros passos na África, começando pela África do Sul. Recentemente, também obteve uma licença de pagamentos nos Emirados Árabes Unidos, o que viabilizará o início de sua expansão pelo Oriente Médio.

Na América Latina, a expectativa é que o Revolut comece a operar como banco no México no início do próximo ano e avance com seus planos de entrada na Colômbia e na Argentina. Além disso, a empresa já está presente no Brasil há cerca de dois anos.

“Desde o primeiro dia, sempre quisemos ser globais”, disse Storonsky durante a inauguração das novas instalações, localizadas a poucas quadras do Starbucks onde, há apenas 10 anos, ele e seu sócio Vlad Yatsenko trabalhavam na primeira versão da empresa. Hoje, a Revolut fatura mais de 4 bilhões de libras esterlinas — mais de US$ 5 bilhões (R$ 27,2 bilhões) — e tem uma avaliação estimada em US$ 75 bilhões (R$ 408 bilhões).

Os planos para a Argentina

Com esse novo investimento, a fintech criará mais de 10 mil empregos em todo o mundo e a Argentina faz parte desse grupo. O primeiro passo no país foi a aquisição do Banco Cetelem Argentina, e a empresa já apresentou ao Banco Central argentino o pedido de autorização para a mudança de controle — um requisito essencial para operar com licença bancária no país.

Enquanto aguarda a aprovação do órgão regulador, a Revolut avança na formação de sua equipe local. A companhia abriu vagas para cargos de liderança e, nas próximas semanas, deve contratar entre 15 e 20 novos profissionais, ao mesmo tempo em que desenvolve uma proposta de valor especialmente voltada ao mercado argentino.

Além disso, para reduzir a expectativa do público, a Revolut já abriu uma lista de espera para futuros usuários em seu site argentino e está em processo de instalação de escritórios físicos em Buenos Aires.

Agustín Danza, CEO da Revolut na Argentina desde março deste ano, afirmou que estar na Argentina é essencial. “É um dos maiores países da região, tem o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) e, além disso, conta com um público com alto nível de educação financeira, resultado da história macroeconômica do país”, disse.

Ainda segundo o executivo, os argentinos estão muito atentos a produtos de investimento e a novas formas de proteger suas economias. “Acredito que trazer toda a proposta de valor da Revolut desde o primeiro dia vai agregar muito ao país”, afirmou o executivo.

Danza disse ainda esperar que a aprovação chegue “em algum momento do ano que vem” e, uma vez obtida, a empresa iniciará o processo para deixar o banco pronto para operar. “Em média, os argentinos têm seis ou sete aplicativos no celular e os utilizam para diferentes finalidades. É um mercado complexo e, a Revolut poderá atender a todas essas demandas com um produto de alto valor e uma experiência excelente, tudo em um só lugar”, acrescentou Danza.

Segundo confirmou à Forbes Argentina Ignacio Zunzunegui, diretor de marketing da Revolut para a América Latina e o sul da Europa, o objetivo é entrar no país “com todos os produtos possíveis”. A intenção é oferecer soluções que vão desde serviços bancários do dia a dia até investimentos, crédito, poupança e opções voltadas ao estilo de vida.

“Queremos ter tudo. O fato de existirem tantos argentinos fora do seu país de origem e que já conhecem a marca nos dará uma vantagem competitiva. Espero que o early adopter seja aquela pessoa que viaja, que tem familiares no exterior e precisa enviar dinheiro, mas nossa ambição é ser o banco principal de todos os argentinos, tenham ou não contato com o exterior — esse é o caminho para chegar lá”, afirmou o executivo, acrescentando que a empresa também estuda trazer soluções do universo cripto, conforme as regulamentações permitirem.

Segundo Zunzunegui, a empresa já tem “todos os ingredientes vencedores” para avançar com sua chegada à América Latina. “Brasil, México, Colômbia e Argentina juntos somam mais de 450 milhões de pessoas — basicamente o tamanho de toda a União Europeia —, o que mostra o tamanho da oportunidade na região”, afirmou o executivo.

A companhia considera que este é um momento estratégico para expandir-se na América Latina e replicar o sucesso alcançado em outros mercados, apoiando-se em três pilares principais. O primeiro é o alcance global: com 65 milhões de clientes e presença em países de onde são enviadas mais de US$ 160 bilhões (R$ 870,4 bilhões) em remessas para a região todos os anos, a Revolut espera aproveitar esse fluxo e sua base internacional para acelerar o crescimento local.

O segundo pilar, segundo Zunzunegui, é a proposta integral de produtos, que ele garante ser única no ecossistema financeiro latino-americano. Por fim, a empresa aposta em sua solidez financeira e na escala já alcançada em mercados onde é rentável, o que lhe dá respaldo para competir com os grandes players regionais. “Acreditamos que, com a força e a escala que temos nos mercados em que já somos lucrativos, com US$ 1 bilhão (R$ 5,44 bilhões) em lucros líquidos, teremos o fôlego e o poder para enfrentar os grandes titãs que já atuam na América Latina”, afirmou.

Batalha contra titãs

Entrar em uma região onde já operam grandes nomes não será tarefa fácil. O Nubank, que acumula 122 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, é o principal concorrente a ser superado. “Nubank e Revolut, embora pareçam muito semelhantes, na verdade são produtos bem diferentes. Observando as contas, mais de 80% da receita do Nubank vem de produtos de crédito, enquanto na Revolut apenas 4% dos ganhos vêm desse segmento. Ou seja, somos modelos de negócio muito distintos”, explicou Zunzunegui.

Embora a fintech brasieira seja um gigante regional, teve uma experiência frustrada na Argentina. O Nubank tentou iniciar operações no país em 2019, com um escritório de 12 funcionários em Buenos Aires, mas deixou o mercado pouco tempo depois, alegando a necessidade de concentrar esforços em outros países da região.

Naquele período, Danza fazia parte da equipe responsável pelo lançamento do banco brasileiro na Argentina, por isso conhece bem essa experiência. “A Revolut tem uma proposta de valor totalmente diferente: acredito que ela é muito mais completa que a do Nubank e se adapta melhor ao público que queremos atingir. Além disso, a Revolut tem presença global”, analisou o atual CEO da empresa britânica na Argentina.

Mas o Nubank, que, aliás, também está próximo de voltar ao país, não é o único player forte com o qual a Revolut terá que competir. Nomes locais e de grande relevância, como Mercado Pago e Ualá, aparecem como rivais a serem superados.

“No fim das contas, os que precisam se preocupar com o Ualá, o Mercado Pago ou a Revolut são os bancos tradicionais. O fato de outros players estarem criando uma nova categoria de banco digital joga a nosso favor. Ou seja, eu não vejo a existência do Mercado Pago ou do Ualá como uma ameaça, mas sim como empresas que já prepararam o terreno para que, quando a Revolut chegar, não seja algo tão fora do comum”, opinou Zunzunegui sobre esse desafio.

O objetivo da nova equipe argentina será trazer um produto global e adaptá-lo ao mercado local, com o intuito de captar a atenção dos usuários em um mercado cada vez mais maduro.

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