Tesla Aprova Remuneração Que Pode Tornar Musk o Primeiro Trilionário do Mundo
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Na noite da quinta-feira (6), os acionistas da Tesla aprovaram um plano que pode tornar Elon Musk o primeiro trilionário do mundo. Eles votaram a favor de um plano de remuneração de quase US$ 1 trilhão (R$ 5,35 trilhões) de Musk, com 75% de apoio entre as ações com direito a voto. As principais consultorias de voto por procuração, Glass Lewis e ISS, recomendaram o voto contra. Os resultados da votação foram anunciados na quinta-feira, durante a assembleia anual de acionistas da empresa em Austin, Texas.
O pacote para Musk, já a pessoa mais rica do mundo com um patrimônio de US$ 491,4 bilhões (R$ 2,63 trilhões) segundo a Forbes, consiste em 12 parcelas de ações a serem concedidas se a Tesla atingir determinadas metas na próxima década. Também daria a Musk maior poder de voto sobre a empresa, atendendo às demandas que ele tem feito publicamente desde o início de 2024. Sua participação aumentaria de cerca de 13% para 25%, adicionando mais de 423 milhões de ações às suas participações.
A primeira parcela de ações será paga se a Tesla atingir uma capitalização de mercado de US$ 2 trilhões (R$ 10,7 trilhões). A capitalização de mercado atual da Tesla é de US$ 1,54 trilhão (R$ 8,24 trilhões). As próximas nove parcelas seriam concedidas se o valor da Tesla aumentar em incrementos de US$ 500 bilhões (R$ 2,67 bilhões), até um máximo de US$ 6,5 trilhões (R$ 34,78 trilhões).
Musk receberia as duas últimas parcelas se o valor de mercado subir em incrementos de US$ 1 trilhão, o que significa que precisaria atingir US$ 8,5 trilhões (R$ 45,5 trilhões) para que Musk recebesse o pacote completo. “O que estamos prestes a iniciar não é apenas um novo capítulo do futuro da Tesla, mas um livro completamente novo”, disse Musk após agradecer aos acionistas pelo apoio.
Outras metas vinculadas ao plano de remuneração incluem atingir 20 milhões de entregas de veículos, 10 milhões de assinaturas ativas do FSD (Full Self-Driving), 1 milhão de robôs entregues e 1 milhão de robotáxis em operação comercial. Até o momento, a Tesla entregou mais de 8 milhões de veículos, de acordo com seu relatório de procuração de setembro.
O plano proposto não especifica se as assinaturas do FSD devem ser compradas ou se podem incluir testes gratuitos. Atualmente, a Tesla fornece sistemas de direção parcialmente automatizados, vendidos como “FSD Supervised” nos Estados Unidos. A empresa pretende aprimorar seus sistemas FSD Supervised para que não exijam supervisão humana a bordo.
Metas ambiciosas
A Tesla estabeleceu uma série de metas de lucros, começando com US$ 50 bilhões (R$ 267,5 bilhões) em lucro ajustado anual e chegando a US$ 400 bilhões (R$ 2,14 trilhões). No terceiro trimestre, a Tesla reportou um EBITDA ajustado de US$ 4,2 bilhões (R$ 22,5 bilhões).
Musk ainda poderia faturar dezenas de bilhões de dólares sem atingir a maioria das metas estabelecidas pelo conselho, arrecadando mais de US$ 50 bilhões apenas atingindo algumas das metas mais alcançáveis. Há também uma lista de “eventos cobertos” nos termos da premiação que permitiriam a Musk ganhar ações sem atingir os marcos operacionais exigidos.
Os eventos cobertos incluem desastres naturais, guerras, pandemias e mudanças em “leis, regulamentos ou outras ações ou omissões governamentais internacionais, federais, estaduais e locais” que possam prejudicar a capacidade da empresa de projetar, fabricar ou vender seus produtos no futuro.
Apoio a Trump
Esperava-se que o plano fosse aprovado. Cerca de meia dúzia de pacotes de ações para executivos semelhantes — embora muito menores — foram submetidos à votação dos acionistas em empresas americanas de capital aberto nos últimos três anos, de acordo com a empresa de solicitação de procurações Georgeson. Todos, exceto um, foram aprovados.
Musk também tem se envolvido bastante na política, principalmente trabalhando para levar o presidente Donald Trump de volta à Casa Branca e, em seguida, liderando um amplo esforço para cortar o governo federal no início de seu segundo mandato. Ele provavelmente também contou com o apoio de muitos investidores menores que mantiveram suas ações apesar da queda nos lucros e nas vendas de carros — e também porque a incursão de Musk na política no último ano, em apoio a Trump, alienou muitas pessoas.
“Aqueles que afirmam que o plano é ‘grande demais’ ignoram a escala de ambição que historicamente definiu a trajetória da Tesla”, disse o Conselho de Administração do Estado da Flórida em um documento enviado à Securities and Exchange Commission (SEC), equivalente americano da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No documento, o conselho descreveu por que votou a favor do plano de remuneração de Musk. “Uma empresa que passou da quase falência à liderança global em veículos elétricos e energia limpa sob estruturas semelhantes conquistou o direito de usar modelos de incentivo que recompensam o desempenho excepcional.”
Além de liderar a Tesla, Musk dirige a xAI, que se fundiu com a X, lidera a SpaceX e seu negócio de internet via satélite, a Starlink, e é fundador da empresa de interface cérebro-computador Neuralink e da empresa de perfuração de túneis The Boring Company.
Sem a bênção papal
O plano é estruturado de tal forma que, se Musk ganhar dinheiro, os investidores da empresa também ganham — um ponto que a gestora de fundos Cathie Wood destacou esta semana na plataforma de mídia social X.
“Não entendo por que os investidores estão votando contra o pacote de remuneração de Elon, quando eles e seus clientes se beneficiariam enormemente se ele e sua incrível equipe atingissem metas tão ambiciosas”, escreveu Wood, diretora executiva da Ark Invest.
Mas os críticos de Musk, incluindo autoridades que supervisionam fundos de pensão públicos em Nova York e na Califórnia, se opuseram veementemente ao plano, alegando que ele concentraria muita riqueza e poder corporativo nas mãos de uma única pessoa. “Isso não é pagamento por desempenho. É pagamento por poder irrestrito”, disse Thomas DiNapoli, supervisor do estado de Nova York.
Até o Papa Leão XIV se manifestou, dizendo em uma entrevista ao Crux, um site de notícias católico, que a remuneração de Musk era um sintoma da crescente disparidade entre os trabalhadores e os ricos. O funcionário mediano da Tesla ganhava cerca de US$ 57 mil por ano (R$ 304,9 mil) em 2024, de acordo com um documento da empresa enviado à SEC.
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