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Venda da Skechers Renderá US$ 1,1 Bilhão a Ex-cabeleireiro e Sua Família

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Na segunda-feira, a empresa brasileira de investimentos 3G Capital — cujos investimentos anteriores incluem o Burger King e o Tim Hortons — concordou em pagar quase US$ 9,5 bilhões (R$ 53,67 bilhões) para comprar a Skechers, conhecida por seus calçados estilosos e confortáveis, em um acordo que também transformará a empresa em uma companhia de capital fechado.

A Skechers foi fundada em 1992 em Manhattan Beach, na Califórnia, pela dupla de pai e filho Robert e Michael Greenberg, que continuarão administrando a empresa privatizada juntos, como CEO e presidente, respectivamente, após a conclusão do acordo. Junto com seus familiares mais próximos, eles possuem 12% da fabricante de calçados e devem embolsar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,22 bilhões) em dinheiro e ações com a operação.

De acordo com um comunicado de imprensa da companhia, os Greenberg aceitaram a proposta da 3G de trocar cada uma de suas quase 18 milhões de ações públicas da Skechers por US$ 57 (R$ 321,05) em dinheiro mais uma ação da nova empresa de capital fechado que se tornará a controladora da Skechers.

Eles receberão US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) em dinheiro e cerca de US$ 100 milhões (R$ 565 milhões) em participação acionária na nova empresa. A 3G também ofereceu aos Greenberg (e aos demais acionistas da Skechers) a opção de vender todas as suas ações por US$ 63 (R$ 354,45) cada.

A fortuna que os Greenberg receberão será dividida entre Robert, Michael e os outros cinco filhos de Robert — Jennifer Greenberg Messer, Scott Bruce Greenberg, Jeffrey Alan Greenberg, Jason Aaron Greenberg e Joshua Adam Greenberg — que são todos listados como beneficiários de dois fundos fiduciários que detêm as ações da família na Skechers. Josh e Jason também são executivos, enquanto os demais, com exceção de Scott, ocupam cargos não executivos na empresa, segundo o mais recente comunicado de acionistas.

De cabeleireiro a bilionário

Antes da Skechers, Robert Greenberg tentou várias maneiras diferentes de enriquecer. Depois de começar sua carreira como cabeleireiro em Brookline, Massachusetts, o patriarca da família Greenberg abriu seu próprio salão de beleza em 1962, seguido por um negócio de perucas e apliques por encomenda.

Depois, tentou vender, com algum sucesso, relógios antigos importados da Coreia do Sul, pinças eletrônicas, jeans, patins e cadarços temáticos do filme “E.T.”.

Um de seus empreendimentos, a L.A. Gear, que vendia uma versão imitada dos tênis da Reebok, decolou e chegou a ultrapassar brevemente US$ 800 milhões (R$ 4,52 bilhões) em vendas em 1990. Mas a empresa entrou em colapso no ano seguinte, o que acabou levando Robert a ser afastado do negócio. Foi então que Robert e seu filho Michael fundaram a Skechers.

Originalmente criada como distribuidora de sapatos, os cofundadores logo encontraram um nicho importando calçados da Ásia que imitavam estilos populares nos Estados Unidos, mas com preços mais baixos. Eles abriram o capital da empresa em 1999 e, desde então, a transformaram em uma das maiores companhias de calçados do mundo.

O futuro da Skechers

A venda da Skechers deve ser concluída no terceiro trimestre deste ano. A operação ocorre após um período de crescimento impressionante da empresa, que registrou um faturamento recorde de US$ 9 bilhões (R$ 50,85 bilhões) no ano passado.

Atualmente, a empresa vende uma grande variedade de calçados, tanto de moda quanto esportivos, com preços que variam entre US$ 45 (R$ 254,25) e US$ 125 (R$ 706,25), de acordo com o site da própria empresa. “Ao longo das últimas três décadas, a Skechers passou por um crescimento extraordinário”, afirmou Robert Greenberg em comunicado divulgado na segunda-feira. “Nosso sucesso é resultado do nosso compromisso com a excelência e inovação em toda a organização, da oferta de produtos voltados para o conforto — que são muito procurados — e de parceiros leais.”

Aproximadamente 62% das vendas vieram de fora dos Estados Unidos, e essa participação deve aumentar nos próximos anos. Em uma recente apresentação para investidores sobre o crescimento futuro, a empresa destacou sua atuação global, incluindo presença em 180 países e o fato de que sua operação na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África) teve uma taxa composta de crescimento anual duas vezes maior que a dos EUA nos últimos quatro anos.

O acordo com a 3G ocorre em um momento de incerteza econômica, à medida que varejistas enfrentam tarifas severas impostas pelo governo Trump, incluindo uma tarifa de 145% sobre produtos importados da China. A Skechers, em particular, revelou em seu relatório anual de 2024 que “praticamente todas” as suas vendas no ano vieram de calçados fabricados fora dos Estados Unidos. Cerca de 40% da produção é proveniente da China.

Esse é o maior percentual entre as marcas do segmento esportivo e de estilo de vida monitoradas por analistas do banco Stifel, que também destacam que a diversidade geográfica da receita fora dos EUA pode ajudar a reduzir, em parte, o impacto dessas tarifas. No mês passado, a Skechers retirou sua projeção anual de lucros, alegando não ser possível prever os resultados “devido à incerteza macroeconômica decorrente das políticas comerciais globais”.

A empresa de investimentos 3G parece estar apostando no crescimento de longo prazo da Skechers, mas os Greenberg podem estar concretizando sua saída no momento ideal.

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